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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Goleiro Bruno diz acreditar que Eliza ainda esteja viva

O goleiro Bruno Fernandes disse hoje que acredita que sua ex-amante, Eliza Samudio, esteja viva. Réu no processo sobre o desaparecimento da jovem, o ex-goleiro do Flamengo conversou pela primeira vez com jornalistas após uma audiência no Fórum de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Bruno alegou que ele e os outros réus estão sendo injustiçados e afirmou que confia que será inocentado e voltará a jogar profissionalmente.

Ele e outras oito pessoas foram acusados pelo desaparecimento e morte de Eliza. O corpo da jovem não foi encontrado. A motivação seria a pensão exigida por Eliza, que teria tido um filho com Bruno. "Da última vez ela falou que ia para São Paulo e ponto. Eu não sei dizer mais nada sobre essa pessoa". O goleiro negou que tivesse cedido material genético para um exame de DNA que comprovaria a paternidade da criança. "Esse material não foi concedido, mas se precisar hoje ou amanhã fazer um exame de DNA, com certeza eu vou liberar esse material", falou.
Questionado, Bruno disse que o suposto valor de R$ 3 mil mensais que teria sido exigido por Eliza, "não é nada" para ele". Se dirigindo aos antigos fãs, pediu um voto de confiança, "porque mais cedo ou mais tarde a verdade vai vir à tona". "As pessoas que conhecem a pessoa Bruno sabem da minha índole, sabem do homem que eu sou. Eu tenho duas filhas. Se essa criança realmente for minha, onde come um, comem dois, comem três. Eu vou amá-lo do mesmo jeito que amo minhas filhas", disse.
O goleiro reclamou do cumprimento da prisão preventiva. "Vocês têm que analisar o que está sendo feito com a gente, que na minha opinião é uma injustiça. Vocês veem vários outros casos que acontecem e nada, os caras estão soltos. Agora, você vai ao Fórum de Contagem e vê o absurdo que está sendo feito. Desculpe a palavra, mas é uma sacanagem".
Juíza
Bruno havia sido proibido de dar entrevista pela juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri, de Contagem. Hoje, após a sessão em que foram ouvidas testemunhas - acompanhada por todos os réus - a juíza de Esmeraldas, Maria José Starling, surpreendeu ao defender a soltura do goleiro. "O Bruno teria de estar solto", disse. "Num dia disseram 'ele estava' (na suposta cena do crime), depois disseram 'não, ele foi embora'. Está um vai e vêm nesses depoimentos", afirmou, cobrando mais evidências do crime nos autos.
"Todos os traficantes que mandei prender em Esmeraldas estão soltos. Aquele namorado da Mércia (Nakashima), um advogado, está solto, e lá tem evidências, tem corpo". Considerado o braço direito de Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, também falou com os jornalistas ao final da audiência e disse que Eliza queria "acabar com a vida" do amigo. "Ela falou que ia acabar com a vida do Bruno, mas ela está acabando com a vida de nove pessoas. Eu só queria que ela aparecesse porque todo mundo sabe que ela está viva. Eu tenho certeza que ela está viva", disse.

Fonte :yahoo

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Max Lucado: Precisamos hoje de um Evangelho simples

Enviado por folhagospel em 26/10/2010 07:00:00 (61 leituras)
Um dos mais festejados autores cristãos da atualidade, o escritor Max Lucado (foto) faz de sua obra um instrumento do amor de Deus.

Já se disse – e é verdade – que a unanimidade é perigosa. Por isso mesmo, dizer que todo mundo gosta do escritor americano Max Lucado pode ser arriscado. Mas, com certeza, é algo bem próximo da realidade. Autor consagrado por mais de 60 livros que venderam algo perto de 50 milhões de exemplares em todo o mundo, ele é um fenômeno das letras cristãs. A abrangência de sua obra pode ser avaliada pela diversidade dos temas que aborda.Derrubando Golias, Ele escolheu os cravos, Seguro nos braços do Pai, Nas garras da graça e Simplesmente como Jesus são alguns títulos que demonstram seu ecletismo. Lucado, mestre dos textos devocionais e inspirativos, começou a escrever em 1985, quando morava no Rio de Janeiro. Aliás, o período em que viveu no país é descrito por ele como um tempo de carinhosas lembranças. “Tenho um amor especial pelo Brasil”, derrete-se. “O brasileiro é o melhor povo do mundo.”

Pastor por chamado divino e escritor por uma vocação que garante ter recebido também de Deus, Max Lucado é tido nos Estados Unidos como uma referência cristã que transcende os muros da Igreja. Seu trabalho é enaltecido por publicações seculares como oNew York Times e o USA Today. Mesmo assim, ele não é condescendente com a atual situação de seu país. “Os Estados Unidos não são mais uma nação cristã, porque o cristianismo não influencia mais suas decisões”, critica. Casado com Denalyn e pai de três filhas, Lucado vive em San Antonio, no Texas, onde até recentemente pastoreava a Oak Hills Church. Afastou-se do púlpito para dedicar-se mais à carreira de escritor – embora, evidentemente, as duas funções lhe caibam como uma luva. Por telefone, Max Lucado concedeu a seguinte entrevista exclusiva a esta primeira edição de CRISTIANISMO HOJE:

A passagem de João 3.16, também chamado de “texto áureo” da Bíblia, é certamente a mais lida e pregada da Escritura. Por que o senhor o escolheu como base do seu novo livro?

Sou pastor, e todos os meus livros são para a Igreja – ou seja, eu os faço pensando na Igreja, e ela necessita saber que estamos numa época em que precisamos estudar um Evangelho simples. E como fazer isso? Explicando tudo numa frase bem simples, expressando opiniões mais simples ainda. Então, considero o texto de João 3.16 como uma passagem ideal. O curioso é que a primeira vez em que pensei neste livro foi em 1998, quando ouvi uma música da cantora Jacy Velasquez baseada justamente na passagem de João 3.16. Aí, uma pessoa me deu a idéia de escrever um livro baseado também naquele texto. Bem, passados estes anos, aí está o livro.

Por que o dia 11 de setembro, data tão emblemática para a humanidade, foi escolhida para o lançamento mundial de um livro que fala justamente da antítese do ódio?

Há uma maneira de comparar 9/11 com João 3.16 – e é precisamente a contraposição do medo contra a esperança.

Na sua opinião, o que mudou na Igreja após aquele episódio? Ela também perdeu um pouco da sua esperança? E agora, passados seis anos dos atentados, como os cristãos americanos lidam com a questão?

Infelizmente, nada mudou desde então. Eu me lembro de que nos primeiros dias após o atentado, todas as igrejas estavam lotadas. Só que o tempo passou e as pessoas não permaneceram naquela busca pelo Senhor. Agora, está tudo normal. Infelizmente, o cristianismo não influencia os Estados Unidos. Aliás, os Estados Unidos não são um país cristão, mas um país que tem cristãos. Um país cristão glorifica a Cristo em suas decisões e os Estados Unidos não estão fazendo isso. Eu acho que os Estados Unidos não estão crendo no Senhor como a Coréia do Sul, o Brasil ou a China.

Qual sua expectativa quanto ao efeito de João 3.16 sobre os leitores?

Eu tenho duas expectativas. Uma delas é a de alcançar as pessoas que não são discípulos de Cristo – para isso, quis apresentar-lhes um livro que explicasse o Evangelho de forma simples. A outra é edificar os cristãos, fazendo-os entender o Evangelho. Eu quis descomplicar as coisas importantes da Palavra de Deus.

Mas o livro tem alguns capítulos que abordam temas bem complicados, como a existência do céu e do inferno. Algumas modernas interpretações da Bíblia têm procurado relativizar essa doutrina, sugerindo que um Deus tão amoroso jamais lançaria pessoas no inferno, e que este termo, na realidade, significaria apenas “sepultura”. O senhor considera que as referências ao céu e ao inferno, na Palavra, são literais e referem-se mesmo a estados eternos a que serão destinadas todas as pessoas?

Eu procurei achar todas as possibilidades e caminhos para concordar com as pessoas que dizem que não existe literalmente o inferno. Mas, simplesmente, não concordo com isso. As Escrituras descrevem uma punição eterna com a mesma convicção que falam sobre a existência do céu. Eu estou convencido de que o inferno existe de fato – e é o destino eterno das pessoas que passam a vida inteira dizendo para Deus as deixarem a sós. Pois no final, é exatamente isso que Ele irá fazer.

Desde o lançamento de O maior vendedor do mundo, de Og Mandino, os temas motivacionais e princípios da auto-ajuda ensejaram o surgimento de um dos principais gêneros literários da atualidade. Qual a sua opinião acerca deste tipo de literatura?

A auto ajuda é uma boa idéia – mas uma mão limpa não pode ajudar a limpar uma suja. Logo, os princípios da auto-ajuda não são suficientes para o ser humano. Por isso, temos que buscar ajuda de outro lugar. Precisamos ter ajuda de Deus. É por isso que eu prefiro a Cristo-ajuda...

Mas esses temas também têm influenciado fortemente a literatura evangélica. Como conciliar, então, os princípios da auto-ajuda, que visam ensinar as pessoas a resolver seus problemas, com a fé cristã, que enfatiza a dependência irrestrita de Deus?

Bem, todo mundo precisa de encorajamento – e, por isso, todo mundo precisa atualmente da mensagem de Cristo sobre a cruz e a ressurreição. No entanto, não podemos sacrificar o Evangelho. Só encorajar não é suficiente. Temos que tratar o pecado, explicando sua natureza e mostrando o Salvador, mas não abrindo mão do Evangelho.

O que sabe da aceitação de seus livros no Brasil?

Fico feliz porque sempre recebo muitas cartas de brasileiros, que fazem questão de me encorajar e incentivar.

Que lembranças o senhor guarda do período em que viveu no Brasil?

Tenho um amor especial pelo Brasil! É o melhor povo do mundo. Os brasileiros me ensinaram muito sobre relacionamento. Na juventude, eu passei um verão no Brasil como estudante universitário. Então, acabei me apaixonando pelo país, e desde então sabia que o seu país era onde eu queria morar. Eu tenho três filhas, sendo duas nascidas no Brasil; logo, eu e minha família temos raízes profundas com esse país. Eu ainda tenho muito amigos no Brasil, especialmente nas cidades do Rio de Janeiro, Natal, Recife e São Paulo. Eu também tenho lembranças de Porto Alegre e Curitiba. Foi um privilégio viver aqueles anos em seu país.

E pensa em voltar a residir no Brasil?

Não. Mas adoraria uma nova estada prolongada.

A publicação do documento Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja, no qual o Vaticano arvora para o catolicismo a condição de “única Igreja de Cristo”, foi um duro golpe no processo de aproximação da Igreja Católica das demais correntes cristãs. Como escritor que também é maciçamente lido por católicos, o que o senhor pensa acerca deste enfrentamento?

Eu acho que ser cristão é ser uma pessoa cujo Deus é o Senhor e que tem a Jesus Cristo como único salvador. Ora, não podemos ser salvos sem Cristo! Eu não acho que todos os caminhos levam a Deus. O que faz uma pessoa cristã não é a igreja que ela freqüenta; por isso, acho que há verdadeiros cristãos tanto na Igreja Católica quanto nas igrejas protestantes. Todavia, há muitos católicos que não são cristãos, como também há muitas pessoas que pertencem a igrejas evangélicas que não o são.

Em seu livro Dias melhores virão, o senhor defende a crença no fato de que o Senhor sempre está no controle da situação – mesmo em casos de extremo infortúnio, como a doença e a morte, tema também presente em Aliviando a bagagem, Ele ainda remove pedras e diversas outras obras suas. Mesmo para o cristão, manter a fé diante do mundo de hoje não está cada vez mais difícil?

Sim, está. Eu acho que é muito difícil ser cristão. Principalmente, nos Estados Unidos, onde o secularismo é uma religião – ou seja, só se acredita vendo. Por causa disso, as pessoas não oram, pois só acreditam no que vêem. O que eu gosto no Brasil é que os brasileiros acreditam que existe um mundo espiritual, crêem na existência de anjos etc.

Na sua opinião, o cristão tem uma percepção correta do sofrimento e do seu significado?

É muito necessário a gente entender o propósito do sofrimento. Ele é a ferramenta usada por Deus para tratar o caráter humano. A Bíblia diz que o sofrimento nos prepara para sermos fortes; ele nos prepara para a vida eterna. E é fundamental ressaltar que a Palavra de Deus não nos revela que não teríamos sofrimentos – mas afirma que Cristo nos fortaleceria nestes momentos.

A teologia da prosperidade, de matriz americana, influenciou fortemente a Igreja Evangélica brasileira. Um de seus pressupostos básicos é justamente a eliminação do sofrimento nesta vida. Mas percebe-se que hoje tem havido um certo “cansaço”, sobretudo em relação a promessas dos líderes que não se concretizam na vida dos fiéis. O que o senhor pensa da confissão positiva?

Eu não acho bom dizer às pessoas que, quando elas se tornarem cristãs, vão ter coisas materiais. E tenho problemas com aqueles que dizem que, quando o indivíduo se converte, vai ganhar dinheiro, não vai ter doenças... Mas a promessa de Cristo é a de nos fortalecer no meio dos problemas, e não, que a gente não vai tê-los.

O que mudou no Max Lucado escritor desde o lançamento de seu primeiro livro?

O que mudou (risos)? Hoje em dia, eu tenho mais dead line (Da redação: Trata-se de expressão utilizada no segmento editorial e se refere aos prazos para fechamento de textos e entrega de originais). Agora, eu trabalho muito mais no computador do que antes. Eu escrevi meus primeiros livros na época em que morava no Rio de Janeiro. Naquele tempo, eu os escrevia entre dez e meia da noite e meia-noite... Só que agora, uso o meu tempo integral para escrever.

Agora, uma pergunta inevitável: qual o segredo do sucesso dos seus livros?

Olha, eu não sei o porquê de os meus livros serem bem recebidos. Simplesmente, não tenho explicação para isso. Eu apenas gosto de escrever para pessoas que não gostam de ler, pois sou uma pessoa bem simples.

Por que o senhor resolveu aposentar-se do pastorado da Oak Hills Church, congregação onde exerceu o ministério desde 1987?

Na verdade, não estou me aposentando. Só estou mudando de cargo, já que vou ficar trabalhando como professor da Bíblia. Acontece que conciliar o ofício de escritor com o cargo de pastor principal é demais. Só estou simplificando as coisas...

Em João 3.16, Deus apresenta seu amor infinito ao homem. Como o senhor tem vivenciado este amor na sua vida?

O amor de Deus é a coisa mais importante da minha vida. Eu lutei muito com o Senhor nos primeiros dias da minha conversão. Era alcoólatra e achei que Deus poderia me perdoar; e aí, finalmente, comecei a acreditar nesse amor divino e efetivamente cri que Deus pode nos perdoar.

Em recente entrevista a uma revista americana, o senhor abordou essa sua relação com o álcool – tema considerado tabu no segmento evangélico, que consideram seu consumo como pecado. Por que o senhor resolveu tocar no assunto?

O abuso do álcool é parte da minha história, pois me envolvi cedo com a bebida. Mas, graças a Deus, beber excessivamente não é mais uma tentação para mim.

Logo, Deus é o Deus da segunda chance?

E da terceira, da quarta...

Fonte: Cristianismo Hoje

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Encontro dos Gideões começa neste sábado

 
 
 
 
 
 
 
 
evangélico de Santa Catarina. A 28º edição do Congresso Internacional das Missões pretende atrair mais de 170 mil fiéis à cidade de Camboriú. As atividades relacionadas ao encontro seguem até o dia 4 de maio.
No encontro, milhares de pessoas gritam, entre estes muitos choram, outros glorificam, apertados com pouco espaço para se mexer, dentro de um ginásio que há mais de 27 anos é palco do movimento missionário mais conhecido do Brasil.
Homens, mulheres e crianças se programam o ano inteiro para participar do Gideões.
Acomodam-se em hotéis, casas, carros, barracas e até mesmo dentro de ônibus. Muitos moradores da cidade abrem vagas de quarto para locação, obtendo assim uma renda extra durante os dias do encontro.
A Prefeitura de Camboriú expediu 395 alvarás para vendedores ambulantes e fixos. Os comerciantes vendem artigos religiosos, CDs, DVDs, livros e também alimentos, como cachorro quente, pipoca, lanches, refrigerantes e água.
A pequena cidade de Camboriú não comporta o número de visitantes durante os dias do encontro, por este motivo os hotéis de Balneário Camboriú já se preparam para receber a grande demanda de pessoas vindas de todos os lugares do Brasil. São aguardados mais de 600 ônibus.
Outros fiéis optam pela locação de casas ou quartos em Camboriú, já que muitos não dispõe de um meio de locomoção. Neste caso, a diária em um hotel, localizado no centro de Camboriú, pode custar R$ 200 para o casal. Os organizadores do evento revelam que também aguardam a chegada de fiéis vindos da Argentina, Estados Unidos e Japão.

O início
O movimento dos Gideões iniciou em 1982 através do pastor Cesino Bernadino. Neste ano, uma evangélica da igreja Assembléia de Deus decidiu ir para a Argentina, com o intuito de levar às pessoas daquele país, as idéias propagadas pela sua igreja. Com o passar dos anos o movimento cresceu e atualmente mais de 1200 missionários viajam pelo mundo propagando o ideal da igreja evangélica. Durante o encontro dos Gideões, estas pessoas contam suas experiências e traçam táticas para evangelizar em outros países.

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com/2010/04/encontro-dos-gideoes-comeca-neste.html#ixzz13PW2cpI3
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial

Heresiologia - as seitas de nosso brasil



Adventismo do 7o. Dia (Sabatismo)
Anglicanismo, Episcopalismo
Bahaismo
Budismo
Catolicismo Romano (Romanismo, Papismo)
Ciência Cristã
Cientologia
Confucionismo
Congregação Cristã do Brasil (CCB)
"Crescimento da Igreja" (v.t. Fundamentalismo )
Esoterismo (ver também Gnosticismo e Nova Era)
Espiritismo Kardecista [Demonismo] (v.t. Ocultismo Satanismo)
Espiritismo Afro-Indígena [Demonismo](v.t. Ocultismo Satanismo)
Gnosticismo (ver também Esoterismo e Nova Era)
Hare Krishna
Hinduísmo
Hiperdispensacionalismo
Igreja de Cristo Internacional, de Boston, Multiplicando Ministérios
Igreja de Deus do Sétimo Dia
a Igreja Local, A Igreja, Editora Árvore da Vida, Witness Lee, Modalismo
Igreja Messiânica
Igreja Ortodoxa Grega, Ortodoxismo
Ioga, Yoga (ver também Nova Era)
Islamismo (Muçulmanismo, Maometismo)
Jainismo
Judaísmo
Judaísmo Messiânico
Maçonaria
Meninos de Deus
Moonismo, Igreja da Unificação
Mormonismo
Nome Sagrado, ou Raízes Hebraicas, e crentes metidos a judeus
Noiva Batista
Nova Era, Astrologia, Advinhações, Esoterismos, Magias, Nova Medicina, Superstições, Talismãs,  etc. (ver também Esoterismo e Gnosticismo)
Ocultismo (Satanismo, Espiritismo, Demonismo).
Pentecostalismo , renovação carismática
Perfect Liberty (Liberdade Perfeita)
Rosacruzes
Satanismo, Ocultismo e Espiritismo, Demonismo
Seicho-No-Iê
Tabernáculo da Fé, Palavra da Verdade, Branham, Branhamismo, Sabélio, Sabelianismo, Modalismo
Taoísmo
Testemunhas de Jeová (Russelismo)
Unitarismo, Unitarianismo
Xintoísmo
Zoroastrismo
Várias seitas (em 1 só e mesmo artigo), ou seitas raras no Brasil 

Conhecendo as Seitas

As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.
      No final do século, surgiram novas seitas religiosas e filosóficas responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essa confusão de idéias é despejada em cabeças incautas, acabando muitas vezes em tragédias de grandes proporções.
      Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após ter anunciado a eles o fim do mundo.
    Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Ramo Davidiano. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.
      Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.
      No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se apoiam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, é a LBV que apregoa uma mensagem apocalíptica “afirmando “grandes desastres que vamos presenciar”, e que Jesus voltará “na glória do Terceiro Dia que é o Terceiro Milênio”.
      Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.
      Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Deus (A Família),  etc.
      Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.
 

ASPECTOS COMUNS

      Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.
      1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.
      2.  Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como “inspirados” escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem;
      3.  Dizem ser os únicos certos;
      4.  Usam de falsa interpretação das escrituras;
      5.  Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;
      6.  Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.
 

CONHECENDO MAIS

1. O que é uma seita?
      A. Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa, objeto, ou a um conjunto de idéias novas. As seitas são:
      1.  Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisicamente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.
      2.  Freqüentemente apocalípticas - dão aos membros um enfoque no futuro e um propósito filosófico para evitar o apocalipse.
      3.  Fornece uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder.
      4.  Doutrinação - para evangelismo e reforço das convicções de culto e seus padrões.
      5.  Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida, combinados com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candidato a membro.
      B. Muitas seitas contém sistemas de convicção “não-verificáveis”.
      6.  Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado.
      a.  Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros.
      b.  Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao líder e lhe deram uma revelação
      c.  Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc.
      7.  Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto de valores e definições que ela ensina.
      a.  Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es).
      C. O Líder de uma Seita:
      8.  É freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões variadas:
      a.  O líder recebeu revelação especial de Deus.
      b.  O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro especial.
      c.  O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão
      d.  O líder reivindica ter habilidades especiais
      9.  O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem contradito.
      D. Como se comportam as Seitas?
      10.  Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria entrar para elas.
      11.  Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético.
      12.  Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também “escrituras” ou livros complementares.
      a.  A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que vão ao encontro da filosofia da seita.
      13.  Muitas seitas “recrutam” o Senhor Jesus como sendo um deles, redefinindo-o adequadamente.
      E. Algumas seitas podem variar grandemente...
      14.  Do estético ao promíscuo.
      15.  Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples.
      16.  Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza.

CONHECENDO AS SEITAS
2. Quem é vulnerável a entrar para uma seita?
      A. Todas as pessoas são vulneráveis.
      1.  Rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.
      B. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens seguintes)
      2.  Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.
      3.  Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos
      4.  Às vezes desiludido com toda a sociedade
      5.  Tem uma necessidade por encorajamento e apoio
      6.  Emocionalmente carente
      7.  Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida.
      8.  Financeiramente necessitado
 
3. Técnicas de recrutamento
      A. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. Uma das táticas mais usadas é o:
      1.  "Bombardeio de Amor”  (Love Bombing) – que é a demonstração constante de afeto, através de palavras e ações.
      a.  Às vezes há muito contato físico como abraços, tapinhas nas costas, toques e apertos de mão.
      b.  Emprestam apoio emocional a alguém em necessidade.
      c.  Ajuda de vários modos, onde for preciso.
            Desta maneira, a pessoa fica em débito então com a seita e procura de algum modo retribuir.
      d.  Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções.
      B. Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo um deles; dando validade assim ao seu sistema.
      2.  Escrituras distorcidas
      a.  Usam versículos fora do contexto bíblico.
      b.  Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia aberrante delas.
      C. Envolvimento gradual
      3.  Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convicção da pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento).
      a.  As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto de cada vez.
      b.  Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita.
 
4. Por que alguém seguiria uma Seita?
      A. A seita satisfaz várias necessidades:
      1.  Psicológica - Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente manipulável.
      2.  Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou no passado
      3.  Intelectual – O membro tem perguntas que o grupo responde.
      B. A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma sensação de pertencer a algum grupo.
      C. A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser. . .
      4.  Rigidez moral e demonstração de pureza
      5.  Segurança financeira
      6.  Promessas de exaltação, redenção, “consciência mais elevada” ou um conjunto de outras recompensas.
 
5. Como as pessoas são mantidas na seita?
      A. Dependência:
      1.  As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai ao encontro das suas necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais.
      B. Isolamento:
      2.  O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a vida do membro é construída ao redor da seita.
      3.  Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.
      C. Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):
      4.  Uma vez que a pessoa é doutrinada, seus processos de pensamento são reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser submissa a seus líderes.
      5.  Isto facilita o controle pelo(s) líder(es) da seita.
      D. Substituição:
      6.  A Seita e os líderes ocupam freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor,  professor, etc.
      7.  Freqüentemente o membro assume as características de uma criança dependente, que busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo.
      E. Obrigação
      8.  O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes financeiramente, etc.
      F. Culpabilidade 
      9.  É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc.
      10.  É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o grupo deu.
      G. Ameaça:
      11.  Ameaça de destruição por “Deus” por desviar-se da verdade.
      12.  Às vezes ameaça física é usada, entretanto não freqüentemente.
      13.  Ameaça de perder o apocalipse, ou ser condenado no dia do julgamento, etc.
 
6. Como podemos tirar alguém de uma seita?
      A. A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode assustar o adepto e afastá-lo de você 
      B. Se você é um Cristão, então interceda pela pessoa primeiro.
      C. Mas, para tirar uma pessoa de uma seita é necessário…
      1.  Tempo, energia, e apoio.
      D. Ensine a verdade.
      2.  Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que ele aprendeu, ou seja, ofereça o evangelho da graça de Jesus Cristo.
      3.  Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia
      4.  Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações
      E. Tente afastá-lo fisicamente da seita por algum tempo
      F. Dê o apoio emocional de que ele precisa.
      G. Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo.
      H. Geralmente, não ataque o líder do grupo ...deixe isso para depois.
      5.  Freqüentemente o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder.
      I. Confronte outros membros da seita somente quando for inevitável

      Este esboço básico lhe dará informações de como as seitas trabalham e como evitá-las. Se você tem alguém conhecido que está perdido numa seita, é necessário orar e pedir ao Senhor que tire essa pessoa de lá e lhe dê a perspicácia e as ferramentas que o ajudarão nesse trabalho. Pode ser uma tarefa longa e árdua, porque, definitivamente, este não é um ministério fácil. Mas vale a pena. (Judas 23)
Os Novos Movimentos Religiosos
Pe. Alberto Garuti
Desde o século passado, mas, sobretudo neste e em várias partes do mundo, um fenômeno de múltiplas implicações tem sido objeto de interessantes análises: os novos movimentos religiosos.
Nos últimos anos - com uma difusão cada vez mais fácil e rápida - eles têm conquistado milhares de pessoas, inclusive fiéis das religiões tradicionais.
Por que esses movimentos crescem tanto?
Entre as causas mais freqüentes para justificar tantas adesões, poderíamos citar algumas:
1.º Muitos acham que os novos movimentos satisfazem necessidades fundamentais:
  • de certezas, de respostas simples a perguntas complicadas e de orientações claras sobre os problemas da vida;
  • de resolver os problemas mais urgentes do cotidiano , como saúde, família e emprego;
  • de harmonizar corpo e alma, de experimentar um clima de entusiasmo que dê a impressão de atingir o divino;
  • de realização pessoal, de buscar quem nos valorize, ajudando-nos a descobrir quem somos de verdade;
  • de transcendência e de uma resposta às questões últimas da existência;
  • de direção espiritual por parte de um chefe carismático, ao qual é oferecida, muitas vezes, devoção total e absoluta;
  • de participar de um grupo que permita intervir nas decisões em todos os níveis e estimule uma devoção total.
2.º O protesto contra a ordem constituída, muitas vezes representada pela Igreja católica.
3.º O desejo de pertencer a uma igreja mais fiel ao Evangelho faz com que muitos recusem a atual, por causa de suas riquezas, do escândalos e erros do passado.
4.º O clima de expectativa devido ao aproximar-se do ano 2000.
5.º Para alguns movimentos, a atração do Oriente alia-se à necessidade de preencher o vazio deixado pela sociedade consumista ocidental.
6.º O desejo de um estilo de oração menos formal e estática, mais alegre e que envolva toda a pessoa.
7.º A pregação entusiasta e insistente dos membros de muitos desses movimentos e o trabalho intenso e contínuo de recrutamento que os mesmos fazem.
8.º O fato de muitos desses movimentos recorrerem com freqüência à Bíblia suscita profundo interesse e dá credibilidade à proposta.
Vários desses motivos podem encontrar-se na base da opção que as pessoas fazem para um desses novos movimentos. Alguns deles estão, de certo modo, ligados ao cristianismo e foram fundados por pessoas provenientes de alguma denominação protestante. Outros apresentam características mais esotéricas. Neste fascículo,apresentaremos os principais movimentos do primeiro grupo.
As testemunhas de Jeová
O movimento foi fundado por Charles Taze Russell (1853-1916), nascido em Pittsburg, nos Estados Unidos, de família protestante, que aderiu aos adventistas e mais tarde se separou deles, formando sua própria organização. Russell estava convencido de que o método de análise bíblica de Miller, o fundador dos adventistas, estava certo, ainda que tivesse errado a data da segunda vinda de Cristo à terra.
Refez seus cálculos, sempre a partir de textos sagrados, e achou que Cristo voltaria em 1874, de maneira invisível, para, em seguida, aparecer publicamente em 1914. Os cálculos foram feitos de novo e a data mudou para 1918. Mas Russel faleceu antes, em 1916, e seu sucessor, Joseph Franklin Rutheford, transferiu-a, afirmando: "Podemos esperar em 1925 ser testemunhas da volta de Abrãao, Isac, Jacó e outros crentes do Antigo Testamento, despertados e restaurados numa natureza humana perfeita para serem os representantes da nova ordem de coisas sobre a terra".
Como a profecia, em 1925, mais uma vez não se realizou, Rutheford preferiu deixar de fixar datas e assumir um discurso mais vago, afirmando próxima a vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos.
O movimento, que o fundador chamou Torre de Vigia, a partir de1931, passou a se chamar Testemunhas de Jeová.
A doutrina
O ensinamento das Testemunhas de Jeová pode assim ser resumido:
- a Bíblia é reconhecida como Palavra de Deus, interpretada subjetivamente e de modo literal;
- só existe um Deus, que chamam pelo nome hebraico de Jeová. A Trindade não é aceita porque dela não se encontra fundamentação alguma na Bíblia. Disse Russell: "A doutrina da Trindade é inacreditável e nada lhe pode dar sustentação";
- Jesus Cristo seria o Filho de Deus, mas não eterno nem criador de todas as coisas: "Nosso Redentor existiu como espírito antes de se fazer carne e viver entre os homens". Nessa fase, teria sido conhecido como Miguel Arcanjo;
- o Espírito Santo seria a força ativa e invisível de Deus que impulsiona seus servos a fazerem o bem, mas não seria uma pessoa distinta das outras duas;
- o pecado original é admitido e teria trazido a morte aos descendentes de Adão, deixando marcas mais ou menos profundas na natureza humana;
- o homem não possui alma imortal, portanto, a morte é o fim de tudo, ainda que admitam a ressurreição dos mortos que não seria a reunião da alma ao corpo e sim a criação de um novo ser;
- Cristo, depois de sua segunda vinda à terra, reinará por mil anos ( conforme uma interpretação ao pé da letra do livro do Apocalipse 20,6). Esse período terminará com uma batalha final, a de Armagedon (mais uma interpretação ao pé da letra do Apocalipse 16, 16) a ser travada entre Cristo e seus inimigos, chefiados por Satanás. Os bons entrarão para a vida eterna que está garantida para 144 mil eleitos, escolhidos somente entre as testemunhas de Jeová, e reinarão com o Cristo no céu celeste.
Tal número é devido a outra interpretação literal de um trecho do mesmo livro (14, 1-3). Os maus serão destruídos, junto com o diabo e todos os anjos que o acompanharam. Por isso, o Inferno não existe para as Testemunhas de Jeová. O inferno de que a Bíblia fala seria o túmulo. Os bons que não estiverem entre os 144 mil escolhidos permanecerão aqui na terra, considerada o paraíso terrestre, mas já purificado, pois todos os maus foram eliminados;
- depois da ressurreição de Cristo, o diabo se pôs a trabalhar e suas obras seriam o papado, todas as igrejas protestantes e todos os padres e pastores, considerados inimigos de Deus e anticristos.
As testemunhas de Jeová não aceitam os sacramentos e só reconhecem o Batismo, visto apenas como cerimônia para festejar o ingresso dos novos membros na sociedade. Sua moral é bastante rigorosa: opõem-se às transfusões de sangue, com base em mais uma interpretação ao pé da letra da Bíblia ( Gênesis 9, 3-5), pois a vida reside no sangue e pertence a Deus. São contrárias ao fumo, às bebidas alcoólicas, à troca de presentes ( quem dá, espera receber), a várias festas, como o Natal e o dia das mães, aos aniversários e ao serviço militar. Dizem que os governos civis são obra do demônio, mas necessários para evitar a anarquia.
Atividades pastorais
As Testemunhas exigem engajamento e participação ativa de todos os seus membros: cada um é pregador e deve levar aos outros a palavra de Jeová.
Dão muita ênfase à literatura: publicam livros, revistas e folhetos em mais de 80 idiomas.
Todos os membros têm de participar na distribuição desse material, visitando as pessoas de casa em casa. Mas não devem se satisfazer só com a venda: depois voltam para dar explicações ao comprador, à sua família, aos vizinhos que se interessam, no intuito de convertê-los à nova religião.
Celebram em grandes concentrações que impressionam o povo e estimulam seus membros a fazerem esforços maiores.
Os Mórmons
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi fundada por Joseph Smith (1805-1844) nos Estados Unidos, a quem foi revelado, em 1820, através dos anjos, que iria descobrir placas de ouro escondidas nas quais estavam a história do povo de Deus na América e os sinais da nova religião. Em 1827, ele achou duas pedras com estranhos caracteres que, interpretados, deram origem, em 1830, ao livro da nova religião, The Book of Mormons. Depois da publicação do livro, um anjo levou as pedras que nunca mais foram vistas.
No livro lê-se que uma parte do povo judeu, iluminada pelo profeta Lehi, teria migrado para a América do Norte, pouco antes que Jerusalém caísse sob os golpes de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Um dos reis desse povo, Mórmon, teria deixado essa história gravada sobre as duas placas de ouro que, em seguida, foram encontradas e traduzidas por Smith.
Uma parte do livro narra a visita que Jesus Cristo teria feito, após a ressurreição, justamente à porção de seu rebanho que se encontrava na América do Norte.
A doutrina
Para os mórmons, Deus tem corpo e é casado e tanto ele como os homens estão em constante evolução. Deus está sempre à frente dos homens. Se o homem chegar ao ponto onde Deus está, ele merece ser chamado de Deus.
Jesus Cristo é o salvador e mediador entre os homens e Deus.
Só a doutrina dos mórmons salva e essa salvação pode acontecer mesmo depois da morte, pelo batismo póstumo, isto é, um batismo ministrado por uma suposta procuração dada pelos defuntos aos seus descendentes. Assim, quem nesta vida não pôde conhecer a doutrina da revelação dos mórmons, poderá ser salvo pelo batismo que lhe foi ministrado, quando já se encontrava na outra vida, por um de seus descendentes ainda vivo. Mas é preciso ter certeza de que quem batiza é um verdadeiro descendente. Por isso, nos Estados Unidos, existe o maior arquivo genealógico do mundo, inteiramente microfilmado, onde o parentesco é meticulosamente examinado em tabelas genealógicas.

Sede central dos mórmos em Salt Lake City - E.U.A.
Na ceia comemora-se a redenção feita por Cristo, mas Cristo não está presente. Nela são utilizados pão comum e água, pois os mórmons são contra o álcool.
Admitiam a poligamia, chamada por eles de "matrimônio celeste", permitida por motivos especiais, como, por exemplo, para proteger mulheres viúvas depois das guerras.
Por causa dessa prática, tiveram dificuldades com o governo dos Estados Unidos e acabaram aceitando, em 1890, as disposições da autoridade civil que a proíbe.
O homem é uma união de espírito pré-existente e corpo terrestre e essa união representa um progresso, pois o corpo é, para eles, superior ao espírito.
O adultério é o pecado mais abominável e não são admitidas relações sexuais antes do casamento.
O dízimo é obrigatório: 10% do salário anual deve ser pago à igreja.
A comunidade mórmon orienta seus fiéis tanto no plano espiritual como no material, prescrevendo até o que se pode e não se pode comer. Por exemplo, estão proibidos o fumo, o álcool, o café e o chá.
Concentrados especialmente no estado de Utah, onde formam a grande maioria, e porque são sóbrios, trabalhadores e muito organizados, transformaram o que era praticamente um deserto numa região fértil e produtiva.
Suas missões para o exterior são muito organizadas e fartamente subsidiadas.
Os Pentecostais
Talvez o pentecostalismo seja o movimento que mais influencie as manifestações de religiosidade que acontecem hoje, em muitas partes do mundo: de umas décadas para cá, a maioria das Igrejas que mais crescem é de matriz pentecostal.
Esse movimento surgiu praticamente dentro da Igreja metodista, cujo fundador, Jonh Wesley, estabelecera uma distinção entre os cristãos comuns e os santificados, isto é, os batizados no Espírito Santo.
A partir dessa idéia, surgiu, no século XIX, dentro do metodismo, o movimento chamado "Holiness" (santidade), que visava a reavivar a fé de seus membros, pois julgava que os metodistas estavam se afastando dos ensinamentos de seu fundador. Por isso, ensinava que, para a salvação, era necessária a conversão e, em seguida, uma nova e mais profunda experiência religiosa: o "batismo no Espírito Santo".
No começo deste século, nos Estados Unidos, o pastor Charles Pharam aceitou as idéias do Holiness, ensinando-as na escola de estudos bíblicos que ele mesmo dirigia em Topeka, Kansas. Os alunos que concordavam com essas idéias acreditavam ter recebido o Espírito Santo e sentiam-se guiados em suas vidas pelo mesmo Espírito. Estava nascendo a primeira congregação pentecostal que se distinguiu logo dos grupos Holiness pela convicção de seus membros de que o sinal característico de ter recebido o Espírito Santo fosse o dom das línguas, por causa de uma interpretação ao pé da letra de alguns trechos dos Atos dos Apóstolos (2, 1-12; 10, 44-48; 19,17). A esse fenômeno se acrescentou mais tarde, como sinal da presença do Espírito Santo, o da cura das doenças. Surgiram assim comunidades de pessoas que aspiravam a esses dons do Espírito e que, sem pretender fundar uma nova denominação religiosa, desejavam levar um pouco de renovação às comunidades metodistas e protestantes em geral.
Mas o entusiasmo exagerado e a exaltação dos membros, já visível nas primeiras congregações pentecostais, levantaram suspeitas entre as comunidades batistas e metodistas que começaram a desconfiar dessas novas tendências e afastaram-se do movimento.

Os pregadores se utilizam de praças, estações de metrô, calçadas para suas pregações
Sentindo-se rejeitadas pelas denominações tradicionais, as novas comunidades acabaram formando um movimento próprio. Foram chamadas "pentecostais" pois o ponto central do movimento é o batismo no Espírito, recebido como num segundo Pentecostes.
Fundamentalmente, vemos nesse movimento, além do entusiasmo e da exaltação, o mesmo anseio que está na origem do protestantismo nos Estados Unidos: o desejo de liberdade, de não depender de uma Igreja institucionalizada, de fundar comunidades mais livres, justamente o que fizeram os que, em 1620, fugiram da Inglaterra no navio "Mayflower", pois se sentiam sufocados pela Igreja do Estado, a anglicana.
A doutrina
A breve história do movimento, que ainda não completou um século de vida, mostra que nenhuma denominação protestante está sujeita a divisões e subdivisões como os pentecostais.
Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Deus é Amor, Igreja Universal do Reino de Deus, todas muito conhecidas no Brasil, são algumas das muitas denominações que surgiram tendo como base os princípios do pentecostalismo.
Características das igrejas pentecostais
Apesar dessa divisão, alguns aspectos caracterizam o movimento pentecostal e estão presentes em muitas denominações que vieram em seguida:
- a importância dada ao batismo no Espírito Santo, algo comparável ao que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes. Para muitos pentecostais essa experiência está associada ao dom das línguas, que faz com a pessoa fale um linguajar ininteligível, o que, para alguns, seria a "língua dos anjos";
- a importância dada à revelação direta do Espírito Santo que consistiria em graças concedidas ao homem para entender as verdades e os mistérios da fé contidos nas Escrituras;
- a prática de batizar somente adultos;
- a crença numa iminente segunda vinda de Cristo;
- um rigor moral que proíbe o que pode parecer fútil e mundano, como beber, fumar, dançar, assistir à televisão, especialmente novelas, a frivolidade no vestir, especialmente das mulheres, como cortar cabelo, usar calças compridas, maquiar-se, etc;
- grande facilidade em interpretar como avisos ou revelações divinas certos acontecimentos da vida;
- visão das doenças como punições divinas pelo pecado. Não que Deus envie diretamente a doença, mas permite que o diabo a cause como castigo para o crente;
- como conseqüência, busca da cura da doença especialmente pela oração, a ponto de alguns crentes mais radicais envergonharem-se de ir ao médico ou de tomar remédios;
- daí é possível entender a grande importância dada à presença de Satanás e aos esforços para derrotá-los através de exorcismos.
As igrejas pentecostais são as que mais crescem
Estatísticas recentes mostram que aproximadamente 70% dos protestantes do Brasil pertencem a denominações ligadas ao pentecostalismo e o número de seus adeptos continua crescendo.
Segundo algumas projeções, no fim do século, os membros de todas as denominações pentecostais serão cerca de 250 milhões, concentrados especialmente no Terceiro Mundo. As explicações
para esclarecer esse extraordinário crescimento são complexas.
Os motivos poderiam ser de ordem sociológica: vivemos numa época de transição, de uma sociedade agrária, tradicional e autoritária, para um sociedade urbana e, portanto, industrial, moderna e democrática. Para alguns autores, a adesão a uma comunidade pentecostal representaria a recusa dessa urbanização forçada por parte de pessoas que acabam de deixar o campo e se sentem confusas.

Um pastor de uma igreja evangélica: "jeito novo de comungar com Deus"
Elas optariam assim pela segurança que uma religião autoritária, como são as pentecostais em geral, lhes garante. Para outros autores, a adesão a uma dessas novas religiões seria um gesto de afirmação pessoal, uma escolha democrática contra um sistema tradicional imposto, rígido, como era o estilo de vida da cultura camponesa. Os dois motivos, que tentam explicar uma mesma situação, parecem contraditórios. Talvez o primeiro sirva para explicar a adesão ao pentecostalismo de algumas pessoas, o segundo, de outras.
Outros motivos são de ordem psicológica. Sempre tendo como pano de fundo a urbanização e a vida nas grandes metrópoles que massificam e despersonalizam, essas novas religiões oferecem a possibilidade de viver em comunidades menores, onde as pessoas se conhecem, onde é claro o papel de cada um e onde o senso de pertença a um grupo é muito forte, o que significa proteção contra o isolamento e as ameaças da grande cidade. Afinal, toda pessoa humana precisa de uma comunidade que a escute, lhe dê calor humano e ofereça sustento, especialmente nos momentos de crise.
Há ainda motivos de ordem pastoral: as religiões pentecostais valorizam a dimensão religiosa da cultura popular, a sede de Deus que o povo tem. As práticas religiosas do pentecostalismo estão muito enraizadas na cultura popular e em sua maneira de expressar-se religiosamente. Usando uma linguagem popular, tanto verbal como não-verbal, oferecem a todos a possibilidade de realizar uma experiência de Deus particularmente profunda, onde todos podem sentir-se sujeitos e não simples espectadores. Por vezes, a Igreja católica não teria respondido a essa sede de Deus de muitos de seus membros.
Isso por muitos motivos: pela escassez de clero e de agentes de pastoral suficientemente preparados, pela falta de um sentido comunitário na estrutura paroquial, pela frieza e pelo formalismo que se nota freqüentemente na liturgia, pelo pouco ardor missionário de seus membros, por uma formação bíblico-catequética, geralmente superficial, de muitos fiéis, por uma catequese muitas vezes teórica e desatenta à vida de todos os dias. Houve quem dissesse que uns dos motivos do afastamento de alguns fiéis, nos últimos tempos, e da fuga para as religiões pentecostais seria também a pregação altamente politizada de alguns padres e agentes de pastoral, o que pode ter levado os mais desavisados a pensarem que nas igrejas se falava de política e não de religião.
A essas causas, que dizem respeito especialmente à situação do Brasil, podem-se acrescentar outras, como as que já indicamos no começo deste trabalho e que se referem, em geral, à expansão dos novos movimentos no mundo.
O fenômeno é complexo e vários são os fatores que podem explicá-lo. Possivelmente, nenhuma das causas acima expostas, isolada, consiga explicá-lo de forma suficiente. Ao mesmo tempo, talvez nenhuma dessas mesmas causas seja totalmente alheia ao mesmo fenômeno. Portanto, poderíamos dizer que, em proporção diferente e conforme os lugares, todas essas causas juntas oferecem a explicação mais completa sobre o fenômeno do vertiginoso crescimento das seitas pentecostais.
O movimento pentecostal no Brasil
O desenvolvimento do protestantismo no Brasil foi constante durante todo este século. O número de protestantes está em contínuo aumento, devido, praticamente, ao grande incremento que tiveram as igrejas pentecostais nas últimas décadas. Houve um protestantismo de imigração, que começou em 1823 com a vinda dos colonos protestantes, alemães na maioria, e que ficou limitado às regiões de cultura alemã; um protestantismo trazido pelos missionários estrangeiros, em geral anglo-saxões, a partir de 1853, e também nesse caso os resultados foram limitados.
Enfim, o protestantismo de matriz pentecostal, iniciado em 1910, que começou a ter uma difusão maior e que a partir de 1950, com o nascimento das primeiras denominações brasileiras, aumentou de maneira significativa, a ponto de assumir o caráter de uma "explosão", como se pôde constatar nos últimos vinte anos. As cifras são claras: os protestantes eram 1% da população em 1890, 2,6% em 1940, 3,3% em 1950, 5,2% em 1970, 6,6% em 1980 e 8% em em 1991.
Até 1950, o protestantismo de matriz pentecostal estava reduzido a três principais organizações religiosas de matriz americana: Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Igreja do Evangelho Quadrangular. A partir dessa data, começou a se impor um pentecostalismo autônomo, com matriz brasileira, independente do exterior. As seguintes quatro Igrejas se impuseram:
- a Igreja Brasil para Cristo, fundada em 1956 por Manoel de Mello, substituído depois da morte pelo filho Paulo Lutero de Mello e Silva;
- a Igreja Deus é Amor, fundada em 1962 por Davi Miranda;
- a Igreja Casa da Benção, presumivelmente fundada em 1974 e
- a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977 por Edir Macedo.
O sucesso das igrejas pentecostais pode ser, em parte, explicado também pelas crises, de várias formas, das igrejas históricas tradicionais, especialmente a católica.
A migração de fiéis da Igreja católica para as evangélicas atingiu 64% da população: parece haver algo nas Igrejas tradicionais que faz com que as pessoas não se sintam mais atraídas por elas.
A Assembléia de Deus
Esse movimento foi o primeiro a originar-se do pentecostalismo. Nos primeiros anos do século, formaram-se comunidades ( ou congregações ) pentecostais não organizadas em movimentos. Foi em 1914 que, em Hot Spring (EUA), reuniram-se umas centenas dessas comunidades com seus pastores numa assembléia geral e resolveram formar uma só entidade que foi chamada justamente de "Assembléia de Deus".
Os primeiros missionários dessa Igreja que vieram ao Brasil foram dois suecos: Gunnar Vingren e Daniel Berg. O primeiro, na Suécia, pertencia à Igreja batista mas, quando foi para os Estados Unidos, recebeu o batismo no Espírito Santo, o dom das línguas, conforme suas próprias palavras, e a sensação constante da presença de Deus dentro de si.
Os membros do movimento recém- formado sentiam-se chamados a anunciar a Palavra de Deus em outros países, exatamente como Paulo e Barnabé, em Antioquia, sentiram-se chamados a anunciar Cristo entre as nações. Dentre eles destacavam-se, pelo ardor missionário, Gunnar e Daniel que, durante uma reunião, ouviram, muitas vezes, numa mensagem em língua estranha, a palavra "pará". Pensando que isso indicasse o lugar para onde o Espírito Santo queria enviá-los, consultaram vários mapas e descobriram que as palavras desconhecidas indicavam um Estado no Brasil, na região amazônica. Assim, em 1910, vieram para cá anunciar a mensagem pentecostal. Naquela época, as comunidades pentecostais ainda não se tinham reunido na Assembléia de Deus, fato que aconteceu só em 1914.
As características do movimento
Pelo que foi dito até aqui e pelo que se encontra nos depoimentos dos primeiros missionários da Assembléia no Brasil, tornam-se evidentes algumas características desse movimento: dar muita importância a avisos, revelações e sonhos que influenciam o comportamento futuro e as escolhas que seus adeptos fazem. A religiosidade que propõem dá muita importância ao aspecto afetivo, à sugestão, às emoções. Interpretam com muita facilidade os acontecimentos como intervenções milagrosas de Deus.

Igreja Universal do Reino de Deus. Fachada de templo em S. Paulo
Isso pode ser visto na narração que Daniel Berg faz de algumas circunstâncias a respeito de sua viagem ao Brasil: "Deus confirmou que devíamos ir para o Pará. Se ainda houvesse qualquer dúvida, esta desapareceria dias mais tarde, quando o irmão Vingren, durante um de seus longos passeios de meditação, ouviu claramente uma voz que lhe falava ao ouvido, dizendo:
"Se forem, nada lhes faltará". Vingren voltou-se rapidamente para ver quem falava, mas não viu ninguém. Era o Senhor a confirmar a chamada. Não ficamos surpresos ao saber que havia dois lugares no navio que não foram ocupados. O Senhor havia preparado todas as coisas até aquela hora, de modo que tínhamos a certeza de que ele cuidaria também dos lugares no navio. Compramos as passagens e embarcamos".
A Congregação Cristã do Brasil
A Congregação Cristã do Brasil é outro movimento do grupo pentecostal, fundada pelo italiano Luigi Francescon, imigrante nos Estados Unidos. Antes de aderir ao movimento pentecostal, o fundador foi presbiteriano e batista. Suas atividades religiosas começam com a organização de comunidades entre os colonos italianos dos Estados Unidos. Em 1909 e 1910, fez uma viagem à Argentina e ao Brasil e aqui fundou sua primeira congregação pentecostal em Santo Antônio da Platina (Paraná), também entre imigrantes italianos que, até 1935, ficou restrita às pessoas dessa origem, mas em seguida abriu-se a todos.

Igreja Universal do Reino de Deus. Fachada de templo em S. Paulo
As caracteríticas do movimento
A Congregação Cristã do Brasil apresenta algumas características que a distinguem de todas as Igrejas de matriz pentecostal:
- há menos participação emotiva, menos agitação em suas reuniões: ambiente é de seriedade;
- seus membros evitam o título de pentecostais e também a colaboração com outras correntes do protestantismo;
- são muito severos quanto ao comportamento das mulheres e sua apresentação exterior, não permitindo roupas curtas nem cortar o cabelo;
- não gostam dos membros que se sobressaem, preferindo os humildes e até os pouco instruídos, pois dizem que Jesus pregou a humildade e a simplicidade;
- chamam o batismo no Espírito Santo de "promessa do Espírito Santo";
- não gostam de manifestações espalhafatosas, como pregação nas ruas, pelo rádio ou pela TV. Tudo é feito em seus cultos e pelo trabalho de convidar parentes e amigos a freqüentarem suas igrejas ou através da conversa e contato individual com as pessoas que encontram nas ruas, no trabalho, em viagens;
- como todas as denominações do ramo pentecostal, têm muita facilidade em interpretar como intervenções divinas ou até mesmo milagres os fatos comuns de sua vida.
A Igreja do Evangelho Quadrangular
A Igreja do Evangelho Quadrangular foi fundada pela canadense Aimée Semple McPherson, que antes foi batista e depois se tornou pentecostal.
O ponto principal dessa nova doutrina é um trecho do livro do profeta Ezequiel (1, 5-12) que teve uma visão de quatro animais com forma de homem, de leão, de touro e de águia. Esses mesmos animais teriam sido, posteriormente, interpretados como símbolos dos quatro evangelistas: o homem para Mateus, o leão para Marcos, o touro para Lucas e a águia para João, devido a uma semelhança entre eles e as características de cada evangelista. Aimée McPherson foi além e pensou que os quatro animais representariam quatro títulos de Jesus Cristo: o homem significaria o salvador, o leão, o batizador; o touro, o médico e a águia, o rei que voltará. Daí o nome de Evangelho Quadrangular. A nova doutrina alastrou-se rapidamente pelos Estados Unidos e pela America Latina.
Essa nova denominação tem uma finalidade missionária muito forte e marcante; aliás essa é uma característica comum a todos os movimentos de origem pentecostal. Diz um trecho da Declaração de Fé da Igreja do Evangelho Quadrangular: "Evangélica na mensagem, internacional no projeto, é composta pela união dos fiéis cristãos que se congregam para a promoção do evangelismo no mundo e a pregação do Evangelho Quadrangular do Reino: Jesus Salvador, Batizador, Médico e Rei que voltará".
Os primeiros missionários dessa nova Igreja chegaram ao Brasil em 1951 e começaram a pregar em S. João da Boa Vista, SP. Em sua atuação e pregação procuram evitar toda forma de exagero emocional. Eles têm obras assistenciais, dão auxílio econômico e ajudam a obter emprego.
As novas igrejas pentecostais no Brasil

O uso da mídia eletrônica como a televisão está sendo um meio de propaganda muito usado pelas igrejas pentecostais
Todas essas Igrejas surgiram do descontentamento de um grupo com uma Igreja matriz de tipo pentecostal. O fenômeno continua. No Brasil também surgiram movimentos novos que se separaram de suas Igrejas pentecostais de origem e que se difundem com muita rapidez, encontrando - com grande facilidade e a cada dia - novos adeptos.
Esses movimentos se distinguem pelo fato de se apoiarem muito mais nas emoções que suscitam entre seus seguidores do que na razão; todos dão muita importância e ênfase ao mesmo tempo à maldade de Satanás, que age livremente no mundo, e ao poder de cura que Jesus lhes dá; são fortemente proselitistas e agressivos contra a Igreja católica, as Igrejas protestantes tradicionais, os cultos afro-brasileiros e o espiritismo. Entre eles, destaca-se, hoje, no Brasil:
A Igreja Universal do Reino de Deus
Entre as igrejas que se formaram do ramo pentecostal, a que mais se afirma hoje é a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo Bezerra, no Brasil, em 1977. Edir Macedo queria ser professor, mas abandonou os estudos universitários. Atormentado por problemas de depressão, procurou conforto na Igreja católica e, em seguida no espiritismo e nos terreiros de umbanda.
Não encontrando alívio nem resposta a seus problemas, aderiu à Igreja Pentecostal Nova Vida e ali ficou até 1974, quando, com um grupo de companheiros, fundou a Igreja Cruzada do Caminho Eterno. Em 1977, após um desentendimento com alguns de seus companheiros, fundou com Romildo Soares e Roberto Augusto Alves, a Igreja Universal do Reino de Deus, no Rio de Janeiro. Atribuiu a si o título de bispo e pediu a Roberto Augusto que o sagrasse. Em seguida, tanto Roberto Augusto como Romildo Soares separaram-se e Edir Macedo, único dos fundadores, ficou na liderança da Igreja recém fundada.
Características
Entre as pessoas que aparecem às sessões de culto da Igreja Universal, a maioria vive problemas de vários tipos. O culto visa principalmente a oferecer a essas pessoas alguma solução para esses problemas que as atormentam.
A Igreja Universal oferece, para isso, rituais diferenciados para as situações que afligem a maior parte das pessoas, em suas três dimensões fundamentais:
- problemas de trabalho, como, por exemplo, desemprego e questões financeiras;
- vida familiar e amorosa;
- saúde.
Os rituais das reuniões comunitárias levam os fiéis a rezar por uma ou outra dessas intenções, conforme os dias da semana. Uma das idéias-mestras da Igreja universal é que o diabo é, praticamente, a causa única e última de todos os males que nos afligem, praticamente, o bode expiatório por tudo que de mal existe no mundo.
Somente uma vitória sobre ele, seu afastamento ou expulsão das pessoas, que têm seus corpos infestados pela presença de um ou vários demônios, pode permitir-lhe paz, tranqüilidade e bem-estar. Os pastores desta Igreja consideram-se competentes e treinados para exorcizar o demônio que habita nas pessoas que a eles recorrem.
Para garantir o exorcismo, não é suficiente o trabalho do pastor: é necessária a colaboração do fiel, colaboração que é dada através do pagamento do dízimo, considerado uma obrigação, pois, fazendo isso, devolve-se a Deus o que é de Deus, e da oferta, dada além do dízimo: essa não é obrigatória, mas é uma condição para receber com mais facilidade os dons almejados.
Os pastores são mestres na arte de pedir, convencer e até forçar o povo a dar dinheiro.
Edir Macedo tem o dinheiro em grande estima: "O dinheiro é uma ferramenta sagrada que Deus usa na sua obra", disse uma vez numa entrevista ao Jornal da Tarde.
Nota-se um grande interesse da Igreja Universal no serviço ao homem, no atendimento para tentar resolver seus problemas. Esse interesse é prioritário e parece mais importante que a manifestação de adoração e de louvor a Deus.
A Igreja Universal volta-se contra todas as religiões tradicionais, inclusive as protestantes, e especialmente contra a religião católica.
Uma estatística de 1996 atribuia à Igreja Universal 3,5 milhões de fiéis, 7 mil pastores, milhares de assistentes voluntários, ou obreiros, 2 mil templos no Brasil e 225 no exterior, em 34 países, 2 canais de televisão, a TV Record e a TV Rio, emissoras de rádio, jornais, uma agência de turismo e um Banco, o Banco de Crédito Metropolitano. Não é pouco para uma Igreja que começou em 1977 com poucas dezenas de fiéis.
O mal e Satanás vistos por Edir Macedo
Numa entrevista concedida à revista Veja de 6 de dezembro de 1995, em que falava sobre sua Igreja, Edir Macedo comentou também sobre as características do demônio, conforme é visto pelos adeptos da Universal. Eis, a seguir, alguns trechos da entrevista:

Exorcismo na Igreja Universal
"Existe um espírito que só atua na destruição do lar. Você pode verificar isso a partir das etapas que o casal enfrenta na vida. Esse espírito normalmente vem dos pais. Se eles são divorciados, o mesmo espírito que destruiu o lar dos pais vai destruir o lar dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Isso é uma herança maldita. Ele passa de pai para filho por todas as gerações, até que a pessoa tenha um encontro com Jesus. Aí, corta-se toda a maldição.
Existe o espírito da prostituição ( prostitutas, homossexuais) e de enfermidades. Este faz a pessoa se manter doente por toda a vida. Por exemplo, a epilepsia é causada por um espírito. Há muitas pessoas que foram curadas da epilepsia sem medicação, apenas por influência da 'libertação'.
Essa força maligna, que toma a mente e faz a pessoa ficar louca, perturbada e toma o coração, essa força causa raiva, ódio, doenças. Há pessoas que têm feridas nas pernas que não cicatrizam nunca. Por quê? Aquilo é um espírito que está alojado ali. Aquilo é um espírito. Aqueles que têm dor de cabeça constante, daquelas que não há médico que descubra a causa...pois bem, isso é o espírito. A pessoa que tem uma dor de estômago, mas o médico não descobre a causa, isso é um espírito. Todas as pessoas que sentem dores, vão ao médico e ele não consegue diagnosticar nada, estão tomadas pelo demônio. Essas são doenças espirituais. E quando o problema é espiritual, não há medico que consiga resolver".
Para sua reflexão
1. Em sua análise pessoal, quais as características e os problemas do povo brasileiro, em geral, que favoreceriam a busca de Igrejas "milagrosas"?
2. A indústria cinematográfica encontrou no diabo uma fonte de excelentes lucros: "O Exorcista", "O Bebê de Rosemary", "A Profecia", entre muitos outros, fizeram sucesso. Procure assistir a um desses filmes com um grupo de colegas ou amigos e analisar, objetivamente, os efeitos psicológicos que produzem. Tentem conversar a respeito disso com um psicólogo.
3. Entrevistem um sacerdote católico, um pastor da Igreja Universal e um da Congregação Cristã do Brasil a respeito do mal. Comparem as respostas e confrontem-nas com as opiniões de seu grupo de estudo ou reflexão.