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quarta-feira, 31 de março de 2010

veja a historia da santa inquisição

Inquisição


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Galileu diante do Santo Ofício, pintura do século XIX de Joseph-Nicolas Robert-Fleury.O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas à supressão da heresia no seio da Igreja Católica. A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias.[1] A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal) e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 - 1821), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821). A Inquisição romana ou "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" existiu entre 1542 e 1965.



O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social,[2] sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena.



Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois desfeitos. Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia seriam utilizados pelas igrejas protestantes[3] (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra[4]). Embora nos países de maioria protestante também tenha havido perseguições - neste caso contra católicos, contra reformadores radicais, como os anabatistas, e contra supostos praticantes de bruxaria, os tribunais se constituíam no marco do poder real ou local, geralmente ad-hoc , e não como uma instituição específica.



O delator que apontava o "herege" para a comunidade, muitas vezes garantia sua fé e status perante a sociedade.[5] A caça às bruxas não foi perpetrada pela Inquisição, mais sim por Estados e tribunais civis independentes, sem reais ligações com a Inquisição[carece de fontes?].



Ao contrário do que é comum pensar, o tribunal do Santo Ofício era uma entidade jurídica e não tinha forma de executar as penas. O resultado da inquisição feita a um réu era entregue ao poder secular.



A instalação desses tribunais era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios, pois queriam evitar condenações por mão popular. Diz Oliveira Marques em História de Portugal, tomo I, página 393: «(…) A Inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. A sua atividade, rigor e coerência variavam consoante a época.»



No século XIX, os tribunais da Inquisição foram suprimidos pelos estados europeus, mas foram mantidos pelo Estado Pontifício. Em 1908, sob o Papa Pio X, a instituição foi renomeada "Sacra Congregação do Santo Ofício". Em 1965, por ocasião do Concílio Vaticano II, durante o pontificado de Paulo VI e em clima de grandes transformações na Igreja após o papado de João XXIII, assumiu seu nome atual - "Congregação para a doutrina da Fé".


A idéia da criação da Inquisição surgiu em 1183, quando delegados enviados pelo Papa averiguaram a crença dos cátaros de Albi, sul de França, também conhecidos como "albigenses", que acreditavam na existência de um deus do Bem e outro do Mal, Cristo seria o deus do bem enviado para salvar as almas humanas, após a morte as almas boas iriam para o céu, enquanto as más iriam praticar metempsicose.[1] Isto foi considerada uma heresia e no ano seguinte no Concílio de Verona, foi criado o Tribunal da Inquisição.



O Papa Gregório IX, em 20 de Abril de 1233, editou duas bulas que marcam o reinício da Inquisição. Nos séculos seguintes, ela julgou, absolveu ou condenou e entregou ao Estado vários de seus inimigos propagadores de heresias. A bula Licet ad capiendos (1233), a qual verdadeiramente marca o início da Inquisição, era dirigida aos dominicanos inquisidores: Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis. A privação de benefícios espirituais era a não administração de sacramentos aos heréticos, que caso houvesse ripostação deveria ser chamada a intervir a autoridade não religiosa (casos de agressão verbal ou física). Se nem assim a pessoa queria arrepender-se era dada, conscientemente, como anátema (reconhecimento oficial da excomunhão): "censuras eclesiásticas inapeláveis".



O uso da tortura era, de fato, bastante restrito[carece de fontes?]e, aos poucos, foi sendo extinto dos processos inquisitoriais. Esta era apenas autorizada quando já houvesse meia-prova, ou quando houvesse testemunhas fidedignas do crime, ou então, quando o sujeito já apresentasse antecedentes como má fama, maus costumes ou tentativas de fuga. E ainda assim, conforme o Concílio de Viena, de 1311, obrigava-se os inquisidores a recorrerem à tortura apenas mediante aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora, em cada caso. Também é sabido que a tortura aplicada pela Inquisição era mais branda que a aplicada pelo poder civil, não sendo permitida, de forma alguma, a amputação de membros (como era comum na época) e o risco à vida. A tortura era um meio incluído no interrogatório, sobretudo nos casos de endemoninhados ou de réus suspeitos de mentira.



No entanto, e bem mais tarde, já em pleno século XV, os reis de Castela e Aragão, Isabel e Fernando, solicitam, e obtêm do Papa a autorização para a introdução de uma Inquisição. Tal instituição afigurava-se-lhes necessária para garantir a coesão num país em unificação (foi do casamento destes dois monarcas que resultou a Espanha) e que recentemente conquistara terras aos mouros muçulmanos na Península Ibérica e os judeus sefarditas, por forma a obter «unidade» nacional que até ali nunca existira. A ação do Tribunal do Santo Ofício tratou de mais casos depois da conversão de alguns judeus e mouros que integravam o novo reino. Alguns deles foram obrigados a renegar as suas religiões e a aderir ao cristianismo ou a abandonar o país. A estes é dado o nome de "cristãos-novos". Alguns esqueciam de fato a religião dos seus antepassados, enquanto outros continuavam a praticar secretamente a antiga religião. A esses últimos dá-se o nome de cripto-judeus. Eram freqüentes os levantamentos populares e as denúncias de práticas judaizantes aos inquisidores.



Sendo essencialmente um tribunal eclesiástico, desde cedo o reino, o poder régio se apossou da Inquisição, como forma de prosseguir os seus particulares fins econômicos, esquecendo o fundamental inquiridium aos réus por motivos religiosos. Tomado pelo poder régio, o Tribunal da Santa Inquisição, em Espanha, deu azo a uma persistente propaganda por parte dos inimigos da Espanha católica: ao sujeitar o poder da fé ao poder da lei, da coação, e da violência, a Inquisição espanhola tornou-se, no imaginário coletivo, uma das mais tenebrosas realizações da Humanidade.



Mais tarde, em certas regiões da Itália e em Portugal, o Papa autorizou a introdução de instituições similares, em condições diferentes. No caso de Portugal, a recusa do Papa ao pedido, tendo visto os abusos da Espanha, mereceu que o rei tivesse como alternativa ameaçar com a criação de uma "inquisição" régia, que segundo ele era coisa urgente para o reino. De fato, a introdução da Inquisição em Portugal resultou das pressões espanholas que, para além de uma sinceridade zelota, não queriam ver o reino rival beneficiar com os judeus e mouriscos expulsos de Espanha.

 Uso do fogo


Quadro de uma pessoa sendo queimada na fogueira.A utilização de fogueiras como maneira de o braço secular aplicar a pena de morte aos condenados que lhes eram entregues pela Inquisição é o método mais famoso de aplicação da pena capital, embora existissem outros. Seu significado era basicamente religioso - dada a religiosidade que estava impregnada na população daquela época, inclusive entre os monarcas e senhores feudais -, uma vez que o fogo simbolizava a purificação, configurando a idéia de desobediência a Deus (pecado) e ilustrando a imagem do Inferno.



Em muitos casos também queimavam-se em praça pública os livros avaliados pelos inquisidores como símbolos do pecado: " No fim do auto se leo a sentença dos livros proibidos e se mandarão queimar três canastras delles. Maio de 1624".[6]



Foi por causa da sua obra: Discours pathetéque ou suget des calamités…, publicado em Londres (1756) que o Cavaleiro de Oliveira foi relaxado à justiça secular que o fez queimar em estátua com o livro suspenso ao pescoço - como herege convicto - durante o auto-de-fé realizado em Lisboa no ano de 1761.[7]



Neste momento, estamos diante da "apropriação penal" dos discursos, ato que justificou por muito tempo a destruição de livros e a condenação dos seus autores, editores ou leitores. Como lembrou Chartier: " A cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem". Ao enfatizar o conceito de perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensões concedidas pelos poderes eclesiásticos e pelos príncipes, este autor retoma os cenários da queima dos livros que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória.[8]



[editar] A inquisição espanhola

Ver artigo principal: Inquisição espanhola



Pintura representando um "Auto de fé" da Inquisição Espanhola. Visões artísticas sobre o tema geralmente apresentam cenas de tortura e de pessoas queimando na fogueira durante os rituais.A Inquisição espanhola é, entre as demais inquisições, a mais famosa porque mais marcante na lembrança. David Landes, por exemplo, relata-nos: "A perseguição levou a uma interminável caça à bruxa, completa com denunciantes pagos, vizinhos bisbilhoteiros e uma racista "limpieza de sangre". Judeus conversos eram apanhados por intrigas e vestígios de prática mosaica: recusa de porco, toalhas lavadas à sexta-feira, uma prece escutada à soslaia, freqüência irregular à igreja, uma palavra mal ponderada. A higiene em si era uma causa de suspeita e tomar banho era visto como uma prova de apostasia para marranos e muçulmanos. A frase "o acusado era conhecido por tomar banho" é uma frase comum nos registros da Inquisição. Sujidade herdada: as pessoas limpas não têm de se lavar. Em tudo isto, os espanhóis e portugueses rebaixaram-se. A intolerância pode prejudicar o perseguidor (ainda) mais do que a vítima. Deste modo, a Ibéria e na verdade a Europa Mediterrânica como um todo, perdeu o comboio da chamada revolução científica".



Segundo Michael Baigent e Richard Leigh, a 1 de novembro de 1478, uma Bula do Papa Sixto IV autorizava a criação de uma Inquisição Espanhola. Confiou-se então o direito de nomear e demitir aos monarcas espanhóis. O primeiro Auto de fé foi realizado a 6 de fevereiro de 1481, e seis indivíduos foram queimados vivos na estaca. Em Sevilha, só em novembro, 288 pessoas foram queimadas, enquanto setenta e nove foram condenadas à prisão perpétua. Em fevereiro de 1482 o Papa autorizou a nomeação de mais sete dominicanos como Inquisidores, entre eles, Tomás de Torquemada. Este viria a passar à história como a face mais aterrorizante da Inquisição. Em abril de 1482, o próprio Papa emitiu uma bula, na qual concluía: ¨A Inquisição há algum tempo é movida não por zelo pela fé e a salvação das almas, mas pelo desejo de riqueza¨. Após essa conclusão, revogaram-se todos os poderes confiados à Inquisição e o Papa exigiu que os Inquisidores ficassem sobre o controle dos bispos locais. O Rei Fernando ficou indignado e ameaçou o Papa. A 17 de outubro de 1483, uma nova bula estabelecia o Consejo de La Suprema y General Inquisición para funcionar como a autoridade última da Inquisição, sendo criado o cargo de Inquisidor Geral. Seu primeiro ocupante foi Tomás de Torquemada. Até a sua morte em 1498, Torquemada teve poder e influência que rivalizavam com os próprios monarcas Fernando e Isabel. O número de autos-de-fé durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceito é normalmente 2.000.[9]



 Procedimentos



Inquisição espanhola - repressão ao homossexualismo.Segundo Michael Baigent e Richard Leigh ao chegar a uma localidade, os Inquisidores proclamavam que todos seriam obrigados a assistir a uma missa especial, e ali ouvir o "édito" da Inquisição lido em público. No fim do sermão, o Inquisidor erguia um crucifixo e exigia-se que os presentes erguessem a mão direita e repetissem um juramento de apoio à Inquisição e seus servos. Após este procedimento lia-se o "édito", que condenava várias heresias, além do Islão e o judaísmo, e mandavam que se apresentassem os culpados de "contaminação". Se confessassem dentro de um "período de graça" poderiam ser aceites de volta à igreja sem penitência, porém teriam que denunciar outras pessoas culpadas que não tivessem se apresentado. Não bastava denunciar-se como herege para alcançar os benefícios do "édito", deveria denunciar os cúmplices. O ônus da justificação ficava com o acusado. Essa denúncia foi usada por muitos como vingança pessoal contra vizinhos e parentes, para eliminar rivais nos negócios ou no comércio. A fim de se adiantarem a uma denúncia de outros, muitas pessoas prestavam falso testemunho contra si mesmas e denunciavam outras. Em Castela, na década de 1480, diz-se que mais 1500 vítimas foram queimadas na estaca em consequência de falso testemunho, muitas delas sem identificar a origem da acusação contra elas. Reservava-se a pena de morte, aplicada pelo braço secular (o Estado) basicamente para os hereges não arrependidos, e para os que haviam recaído após conversão nominal ao catolicismo.



A inquisição em Portugal e no Brasil


Gravura a cobre intitulada "Die Inquisition in Portugall" por Jean David Zunner retirada da obra "Description de L'Univers, Contenant les Differents Systemes de Monde, Les Cartes Generales & Particulieres de la Geographie Ancienne & Moderne" por Alain Manesson Mallet, Frankfurt, 1685.Na História da cultura universal - e, mais especificamente, da cultura portuguesa e brasileira que se viram amordaçadas durante séculos pela atuação da Santa Inquisição -, são múltiplos os exemplos de "caça à literatura sediciosa". Podemos considerar Portugal pioneiro na censura literária e defesa da fé e dos bons costumes. Antes mesmo da instituição da Inquisição em Portugal (1536), observamos por parte do Estado a preocupação em cercear idéias consideras como perigosas ao regime. Em meados do século XV foi instituída a censura real através de um alvará de Afonso V, de 18 de agosto de 1451, que manda "queimar livros falsos e heréticos". Orientado pelo Conselho, ordenava que os livros de Johannes Wickef, Johannes Hus, Frei Gaudio e de outros fossem queimados e "non fossem mais achados em os nossos reinos".[10]



A Inquisição foi pedida inicialmente por D. Manuel I, para cumprir o acordo de casamento com Maria de Aragão. A 17 de dezembro de 1531, o Papa Clemente VII, pela bula Cum ad nihil magis a instituiu em Portugal, mas um ano depois anulou a decisão. Em 1533 concedeu a primeira bula de perdão aos cristãos-novos portugueses. D. João III, filho da mesma D. Maria, renovou o pedido e encontrou ouvidos favoráveis no novo Papa Paulo III que cedeu, em parte por pressão de Carlos V de Habsburgo.



Em 23 de maio de 1536, por outra bula em tudo semelhante à primeira, foi instituída a Inquisição em Portugal. Sua primeira sede foi Évora, onde se achava a corte. Tal como nos demais reinos ibéricos, tornou-se um tribunal ao serviço da Coroa.



A bula Cum ad nihil magis foi publicada em Évora, onde então residia a Corte, em 22 de outubro de 1536. Toda a população foi convidada a denunciar os casos de heresia de que tivesse conhecimento. No ano seguinte, o monarca voltou para Lisboa e com ele o novo Tribunal. O primeiro livro de denúncias tomadas na Inquisição, iniciado em Évora, foi continuado em Lisboa, a partir de Janeiro de 1537. Em 1539 o cardeal D. Henrique, irmão de D. João III e depois ele próprio rei, tornou-se inquisidor geral do reino.



Até 1541, data em que foram criados os tribunais de Coimbra, Porto, Lamego e Évora, existia apenas a Inquisição portuguesa que funcionava junto à Corte. Em 1541 foram criados os Tribunais de Coimbra, Porto, Lamego e Tomar. Em 1543-1545 a Inquisição de Évora efectuou diversas visitações à sua área jurisdicional. Mas em 1544 o Papa mandou suspender a execução de sentenças da Inquisição portuguesa e o autos-de-fé sofreram uma interrupção.



Foram, então, redigidas as primeiras instruções para o seu funcionamento, assinadas pelo cardeal D. Henrique, e datadas de Évora, a 5 de Setembro. O primeiro regimento só seria dado em 1552. Em 1613, 1640 e 1774, seriam ordenados novos regimentos por D. Pedro de Castilho, D. Francisco de Castro e pelo Cardeal da Cunha, respectivamente.



De acordo com Henry Charles Lea[11] no período entre 1540 e 1794, os tribunais de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora resultaram na morte por fogueira de 1,175 pessoas, e na queima de 633 efígies, e em 29,590 outras penas. No anetanto a documentação de alguns autos de fé desapareceu[12] podendo estes números estar ligeiramente abaixo da realidade.



Segundo o regimento de 1552 deviam ser logo registradas em livro as nomeações, as denúncias, as confissões, as reconciliações, a receita e despesa, as visitas e as provisões enviadas "para fora". A natureza dos documentos dos tribunais de distrito é idêntica, visto que a sua produção era determinada pelos regimentos e pelas ordens recebidas do inquisidor-geral ou do Conselho e obedecia a formulários.



Ao mesmo tempo, diz o livro «D. João III» de Paulo Drumond Braga, página 136, o pontífice emanou sucessivos perdões gerais aos cristãos novos em 1546 e 1547. Em 1547 Paulo III autorizou que o Tribunal português passasse a ter características idênticas aos tribunais de Castela: sigilo no processo e inquisidores gerais designados pelo Rei. No mesmo ano saiu o primeiro rol de livros proibidos e deixaram de funcionar os Tribunais de Coimbra (restaurado em 1565), Porto, Lamego e Tomar.



Em 1552 o Santo Ofício recebeu seu primeiro Regimento, que só seria substituído em 1613. Em 1545 Damião de Góis tinha sido denunciado como luterano. Em 1548 Fernão de Pina, guarda-mor da Torre do Tombo e cronista geral do reino, sofreu idêntica acusação.



No Arquivo da Torre do Tombo encontra-se abundante documentação. D. Diogo da Silva, primeiro inquisidor-mor, nomeou um conselho para o coadjuvar, composto por quatro membros. Este Conselho,do Santo Ofício de 1536 foi a pré-figuração do Conselho Geral do Santo Ofício criado pelo cardeal D. Henrique em 1569 e que teve regimento em 1570. Entre as suas competências, saliente-se: a visita aos tribunais dos distritos inquisitoriais para verificar a actuação dos inquisidores, promotores e funcionários subalternos, o cumprimento das ordens, a situação dos cárceres. Competia-lhe a apreciação e despacho às diligências dos habilitandos a ministros e "familiares do Santo Ofício",[13] julgar a apelação das sentenças proferidas pelos tribunais de distrito, a concessão de perdão e a comutação de penas, a censura literária para impedir que entrassem no país livros heréticos; a publicação de índices expurgatórios; as licenças para impressão.



Sobre este Conselho Geral do Santo Ofício em Portugal, pode-se ler ainda.



1 - FARINHA, Maria do Carmo Jasmins Dias - "Ministros do Conselho Geral do Santo Ofício", Memória 1. Lisboa: ANTT, 1989, pp. 101–163.

2 - MONTEIRO, Fr. Pedro - "Catálogo dos deputados do Conselho Geral da Santa Inquisiçam", in Colleçam de documentos, estatutos e memórias da Academia Real da História Portugueza, vol. I. Lisboa: Pascoal da Sylva, 1721.

Apesar de não estar instituído no Brasil, esta colônia estava subordinada ao Tribunal de Lisboa, que enviava um visitador para investigar presencialmente como se encontravam a fé e o cumprimento dos dogmas católicos pela população.



Desse modo, registraram-se três visitações à colónia brasileira, nomeadamente na Capitania da Bahia, na Capitania de Pernambuco e no Estado do Maranhão e Grão-Pará. Esta última, classificada como extemporânea pelos historiadores, ocorreu já ao final do século XVIII, momento em que a instituição já se encontrava enfraquecida.



[editar] Censura literária

O Index ou Index Librorum Prohibitorum era a lista de livros proibidos cuja circulação tinha de ser controlada pela Inquisição. Os livros autorizados eram impressos com um "imprimatur" ("que seja publicado") oficial. Assim era evitada a introdução de conteúdo considerado herege pela Igreja.



Em 1558 foi introduzida na Espanha (pela própria Coroa Espanhola, à revelia da Igreja) a pena de morte para quem importasse livros estrangeiros sem permissão ou para quem imprimisse sem a autorização oficial. Um exemplo desta desconfiança dos espanhóis perante as idéias que lhes chegavam da Europa no século é-nos dado pela estatística dos alunos espanhóis da Universidade de Montpellier. Esta universidade costumava receber estudantes de medicina espanhóis. Eles deixaram de ir. Entre 1510 e 1559 foram 248. Já entre 1560 e 1599 foram apenas 12 (Goodman).



Extinção da Inquisição

A Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se dê a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais.



A Congregação para a Doutrina da Fé é a herdeira do Santo Ofício.



[editar] Bibliografia

Devivier: A História da Inquisição - do manual de apologética do Pe. Devivier, S.J.

João Bernardino Gonzaga: A Inquisição em Seu Mundo, Editora Saraiva, 1994.

Henry Kamen: The Spanish Inquisition: A Historical Revision., Yale University Press, 1999.

Emil van der Vekene: Bibliotheca bibliographica Historiae Sanctae Inquisitionis. Bibliographisches Verzeichnis des gedruckten Schrifttums zur Geschichte und Literatur der Inquisition. Bd. 1-3. Vaduz: Topos-Verlag, 1982, 1983, 1992.

Emile van der Vekene: La Inquisición en grabados originales. Exposición realizada con fondos de la colección Emile van der Vekene de la Universidad San Pablo-CEU, Aranjuez, 4-26 de Mayo de 2005, Madrid: Universidad Rey Juan Carlos, 2005.

António Borges Coelho: Inquisição de Évora (1533-1668), Editorial Caminho, 2002, ISBN 972-21-1461-1.

Referências

1.↑ a b História Global Brasil e Geral. Volume Único. Gilberto Cotrim. ISBN 978-85-02-05256-7

2.↑ [G. Balandier, O Poder em Cena, Brasília: UnB, 1982, p.43.]

3.↑ Peters, Edward. Inquisition. New York: The Free Press, 1988. Pág.: 58-67.

4.↑ Macaulay. A História da Inglaterra. Leipzig, pag.:54.

5.↑ [M.L.T. Carneiro, O Fogo e os Rituais de Purificação. A Teoria do Malefício, Resgate. Revista de Cultura, Nº 3, Campinas: Papirus, 1991, pp.27-32.]

6.↑ [A. Baião, Episódios Dramáticos da Inquisição Portuguesa, Lisboa, Seara Nova, 1973, vol. III, p.4.]

7.↑ [A.C Teixeira de Aragão, Diabruras, Santidades e Prophecias, Lisboa, Veja, s./d.,p.101.]

8.↑ [O conceito "apropriação penal" é uma expressão empregada por Michel Focault e que foi retomada por Roger Chartier em Aventura do Livro: Do leitor ao navegador, trad. Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes, São Paulo, Unesp/Imprensa Oficial, 1999, p.23.]

9.↑ História das Religiões. Crenças e práticas religiosas do século XII aos nossos dias. Grandes Livros da Religião. Editora Folio. 2008. Pág.: 37. ISBN 978-84-413-2489-3

10.↑ ["Alvará de 18 de agosto de 1451, declarando ter sido acordado mandar queimar os livros falsos e heréticos, por Afonso V, Rei de Portugal", Biblioteca Nacional de Lisboa, Ms Alcobacense 114, fls 342, V 343. Cópia fac-símiles apud S. C. Silva, Cultura Tutelada: Uma visão Patrimonialista da Cultura Luso-Brasileira, Monografia de Mestrado em História. Universidade Federal de Pernambuco, 1987, p. 43 e nota 11 (mímeo).]

11.↑ Henry Charles Lea, A History of the Inquisition of Spain, vol. 3, Book 8.

12.↑ António José Saraiva, Herman Prins Salomon, I. S. D. Sassoon, The Marrano Factory: The Portuguese Inquistion and Its New Christians 1536-1765, 2001, p. 102

13.↑ CARRILLO, Carlos Alberto.Memória da Justiça Brasileira - Volume 2. "O Tribunal do Santo Ofício" Os cruce signatum ou "familiares do Santo Ofício" eram colaboradores não remunerados, leigos, "pessoas de bom proceder" e abastadas. Constituíam uma espécie de milícia informal, que podia ser convocada individual ou coletivamente pelos inquisidores, visitadores ou comissários para desenvolver atividades de vigilância, investigação ou prisão de suspeitos. Muitos brasileiros pleitearam esses cargos, que funcionavam como uma confirmção da sua "limpeza de sangue", além de colocá-los acima das suspeitas da Inquisição e eventualmente abrir-lhes as portas da aristocracia e da burocracia estatal.

terça-feira, 30 de março de 2010

SAIBA COMO FOI A REFORMA E CONTRA REFORMA PROTESTANTE!!!

Reforma Protestante e Contra-Reforma


As Reformas Religiosas, surgimento das religiões protestantes, luteranismo

calvinismo, anglicanismo, Contra-Reforma Católica, Tribunal da Inquisição, Concílio de Trento, resumo

Martinho Lutero: criador da religião Luterana


Motivos

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.



A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.



A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.

Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).



No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.



O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.



A Reforma Luterana



O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.



As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época.Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.



A Reforma Calvinista



João Calvino: reforma na França



Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa idéia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a idéia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).



A Reforma Anglicana



Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.



A Contra-Reforma Católica



Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido :



- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;

- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição : punir e condenar os acusados de heresias

- Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de idéias contrárias à Igreja Católica.



Intolerância



Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.

segunda-feira, 22 de março de 2010

TRABALHO MISSIONARIO EM PASSA E FICA GERA NOVO CONVERTIDO.

CONVERTIDO EM PASSA E FICA O SENHOR JOSÉ UM HOMEM DE DEUS ONDE A QUAL ESCOLHEU A MELHOR PARTE QUE É SERVIR O SENHOR JESUS CRISTO, SEU JOSE RESOUVEU ACEITAR O SENHOR JESUS ATRAVES DE UM CULTE DE ADORAÇÃO A DEUS NA CASA DE DONA ELI , E COM O AMOR DE DEUS ELE RESOLVEU ENTRAR NO PLANO DE JESUS CRISTO.

MISSIONARIOS : MARCOS, MEIRE
E SEU FILHO WYSTERLOAN.

domingo, 21 de março de 2010

Sobre o Dom de Línguas

Há um bom tempo atrás (09/07/09), Thomas Tronco, um desses amigos on-line que fazemos depois de entrar ao submundo dos blogs, escreveu no Theologizando (isso mesmo, Theologizando) um artigo sobre sua opinião a respeito do Dom de Línguas. O nome do artigo é O DOM DE LÍNGUAS HOJE, e tal artigo gerou alguma polêmica no blog, como pode-se notar nos comentários.




Rapidamente outros escritores do mesmo blog saíram a apresentar suas opiniões sobre o assunto e um debate amistos (como raros na internet) foi travado ali e a opinião de todos ficou clara, bem como as divergências sobre o assunto. Recentemente, voltei ao artigo para lê-lo novamente e me deparei com meus comentários. Decidi então, colocá-los no Teologando para deixar minha opinião sobre o assunto. Aos que tem interesse em conhecer as opiniões expressas do Theologizando, visitem o artigo.



Peço desculpas aos leitores por não colocar um artigo pessoal, mas a transcrição de um comentário feito na Internet. Por outro lado, o faço para deixar minha opinião sujeita a observações dos demais que passarem por aqui.



Bom Proveito!



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Esse assunto é delicado.



Na minha opinião (não que isso tenha qualquer relevância, é só minha opinião), as escrituras não definem com tamanha clareza o término do dom de linguas em 70d.C. Algumas considerações me fazem pensar nisso:



Paulo ensina que os dons são dados pelo Espírito, e que ele o faria como quisesse (1Co.12.8-11), sem qualquer referência a tempo (exceto que o presente do verbo dídomi parece ser contínuo). Porém, a ordem da lista sugere que variedade de línguas é de prioridade mais baixa que outros dons.

Essa declaração me sugere que, se o Espírito intencionar oferecer essa habilidade a alguém, como lhe aprouver, Ele o fará.

A falta de referências temporais a essa ação do Espírito, me faz pensar que Paulo, na ocasião não tinha em mente a limitação dessa ação do Espírito.

A falta (quase completa) de referências históricas sobre o uso de outros idiomas na História da Igreja, pode indicar apenas falta de relato, não necessariamente ausência de uma manifestação espiritual.

Paulo afirma que Deus colocou na Igreja a variedade de línguas (1Co.12.28). O verbo títhemi no aoristo, dá a idéia de que o próprio Deus teria implementado a variedade (genós) de línguas (glossa). Génos, como declaração de espécie, alterando o sentido de glossa sugere que trata-se de idiomas. Contudo,nesse mesmo verso Paulo define que a variedade de línguas é menos prioritária.

A ação de Deus em implementar os dons na Igreja tem propósito definido (Ef.4.11-12), e acredito que Ele tenha suas preferências, pois Paulo nos deixa claro que o dom de línguas, em questão de prioridade é baixa. A ação de Deus descrita no aoristo sugere que esse estabelecimento é algo sem limitações temporais.



A variedade de dons que são implementados por Deus, sugerem que essa determinação de Deus é válida em nossos dias. Não vejo razão para que o dom de línguas pudesse ter sido retirado dessa ação de implementação de Deus.

Paulo expressa o desejo de que os Coríntos (todos) falassem em outros idiomas (1Co.14.5), muito embora seu desejo maior é que todos profetizassem.

A expressão do desejo de Paulo não é uma norma, mas representa uma possibilidade interessante. 14 anos antes da destruição de Jerusalém, Paulo não tinha a expectativa de ver o término.

Paulo falava em outras línguas (1Co.14.18), mas tinha pleno controle do seu dom (1Co.14.19; cf. v.32-33). Seu exemplo não é normativo, mas é válido. Ele não entendia isso como espiritualidade.

Paulo ensina que as línguas eram sinais para incrédulos (1Co.14.20-22), talvez como sinal de juízo, mas sem definição de término. Paulo também dá instruções sobre como proceder em cultos públicos (1Co.14.26-27), e não sugere em nenhum lugar que isso é temporário. Além de sugerir que o culto precisa de ordem e decência, ele afirma: “Não proibais o falar em outras línguas” (1Co.14.39). Se Paulo pressupõe que o falar em outras lígunas é algo que não pode ser proibido, e que esse dom terminaria, não seria necessário que ele alertasse seus leitores de que esse dom teria seus dias contados?

Paulo não queria que os Coríntos fosse ignorantes no que se refer aos dons (1Co.12.1). Por que ele não os ensinou sobre a temporalidade do dom de línguas? Para responder a essa pergunta, temos algumas opções: Paulo não pensava assim; Deus não tinha revelado isso a ele; Paulo sabia que, com o Cannon completo, esse problema seria resolvido; Paulo pressupos que seus leitores já tivessem entendido esse fato; Paulo teria ensinado pessoalmente (ou sem registro documental) esse fato. Ou até, NDA.

O que posso dizer com certeza é: ainda não presenciei uma manifestão de dom de línguas que tenha sido dada por Deus. Em todas as ocasiões que presenciei, pude perceber o dolo. Por outro lado, não tenho segurança a partir das escrituras, para determinar uma data para o encerramento de uma ação divina. Talvez meu zelo medroso não é capaz de definir algo que as escrituras (segundo Thomas) estão a afirmar. Que Deus me perdoe a fraqueza.



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Sobre 1Co.13.8 e o término dos dons:



Não há clara definição de quanto essas coisas aconteceriam.



“mas, as profecias cessarão”: Uma descrição de futuro indefinido. Como o termo está no futuro do indicativo ativo um fato é anunciado: Um dia as profecias cessarão. O verbo “καταργέω”, que além de enfatizar o cessar, também é usado com o sentido de aniquilar (2Ts.2.8), invalidar (Rm.3.3) ou abolir (Hb.2.14). A teologia cristã não nos permitiria nenhuma dessas nuances nesse texto, mas se qualquer uma delas fosse tomada como verdadeira, poderíamo pensar que Paulo fala com exagero (hipérbole). Deve-se levar em conta que, as profecias como descritas no cap.11 não cessaram ainda. Talvez a questão do tempo dependa da expressão “quando vier o perfeito”.

“conhecimento cessará“: Além de uma descrição de futuro incerta, o termo usado aqui é o mesmo que em referência às profecias. Entretanto, nesse caso o futuro do indicativo é passivo, ou seja, a “γνῶσις” seria cessada. A que se refere esse termo nesse contexto? Se Paulo fala do conhecimento de modo geral, temos que entender que ele está exagerando, pois o conhecimento só tem crescido com o passar do tempo. Mais uma vez, talvez a indicação de tempo dependa da expressão “quando vier o perfeito”.

“as línguas cessarão”: Uma descrição de futuro indefinida, mas o termo usado aqui é diferente: “παύω” e a idéia é clara: terminar, encerrar, cessar ou acabar. O tempo verbal nesse caso é futuro do indicativo médio, e A.T. Robertson afirma que isso significa “elas farão elas mesmas cessar ou cessarão automaticamente” (Word Pictures in the New Testament). Entretanto, a pergunta que fica é quando? A julgar pela profecia que não cessou ou ao conhecimento que ao invés de cessar tem-se expandido as línguas poderiam estar em funcionamento. Então, todas essas expressões devem ter suas ligações com a expressão “quando vier o perfeito”.

Paulo demonstra que as profecias, o dom de línguas e o conhecimento cessarão quando vier o que é perfeito. Mas, o que é e quando vem (veio)? Três teorias são mais aceitas:



Alguns afirmam que o que é perfeito é o Cannon e por isso acreditam que os dons não seriam necessários após a consolidação da verdade de Deus. Entretanto, a dificuldade é que deveríamos incluir nessa lista de coisas que cessariam o conhecimento e a profecia, que claramente não cessaram.

Alguns afirmam que o perfeito é a maturidade da igreja, ou seja, quando a igreja atingiu sua maturidade os dons apresentados não seriam necessários. Quando a igreja ficou madura? Aqui novamente vemos o mesmo problema já citado: o conhecimento não cessou, não foi aniquilado. Outro detalhe que seria importante ressaltar é que não temos visto a maturidade da igreja ainda.

Outros preferem pensar no retorno de Cristo. Nesse caso o quando é incerto e iminente, mas parece fazer mais justificativa à interrupção das profecias e do dom de línguas. E o que dizer do conhecimento? Paulo comumente apresenta seu desejo que seus leitores cresçam no conhecimento (Ef.1.17; Fp.1.9; Cl.1.9-10; 2.2; 1Tm.2.4; ) e ele mesmo esperava isso para sua vida (Ef.4.13). Seria incoerente para Paulo sugerir que seus leitores buscassem algo tão vital para o cristianismo que poderia cessar a qualquer momento. Por outro lado, incentivá-los a crescer na fé, como exercício da mesma, faz todo sentido se o alvo é o estado futuro onde não haverá mais a conhecer, pois o veremos face-a-face. As implicações disso me levam a pensar no estado eterno como o perfeito, traz menos dificuldades de de compreensão ou prática. Bom, essa é a minha opinião.

Diante do pontos acima, tenho ainda mais dificuldade de estabelecer uma data como certa para o término do dom de linguas.

F.Teologando

sexta-feira, 19 de março de 2010

biblia marcos

"Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança pela graça, deem ânimo ao coração de vocês e os fortaleçam para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras."
2 Tessalonicenses 2.16-17


amados irmãos
,

A Palavra nos deixa muito claro que tudo é do Senhor – tudo é por Ele, para Ele, e dele. É por isso que a oração de Paulo nesse versículo é para que o próprio Deus e o Senhor Jesus Cristo, que já nos deram consolação, graça, amor e esperança, nos fortaleçam para abençoarmos outras pessoas. É curioso pensarmos que precisamos de força para fazer o bem até através de PALAVRAS. Muitas vezes nos sentimos fracos até para pensarmos em algo, quanto mais para abençoarmos outros com ações e palavras. Mas você pode fazer isso, porque quem te dá forças é o Senhor. Ele te fortalece para abençoar outras pessoas! Nosso Deus é maravilhoso! Se apoie nessa Palavra e coloque sua força em prática!

Sugestões de Melhorias/Acertos propostos

Sugestões de Melhorias/Acertos propostos

AR quando inicia a falar sobre suas propostas de acerto, ou quem sabe de melhoria, ele inicia por demonstrar a situação da sociedade como evidência de uma falha moral e espiritual da Igreja. A visão de AR em geral é essencialmente fundamentada na Teologia da Missão integral. Segundo Ed René Kivitz:
A proposta da missão integral como agenda ministerial para a Igreja é mais do que evangelismo pessoal e assistência social; é convocação para rendição ao senhorio de Cristo, para perdão dos pecados e recebimento do dom do Espírito Santo (Missão Integral§)
Entretanto, a parte final da sentença muitas vezes é perdida entre aqueles professos de tal teologia. Tal ideologia foi claramente firmada após o Congresso Internacional de Evangelização, realizado em Lausanne em 1974, que incluiu em sua formação uma distinção entre evangelismo e ação social, mas as fundiu em uma ação de libertação da humanidade. Segundo o Pacto de Lausanne:
Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem ação social evangelização, nem libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio0político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda a forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que elas existam.
Até mesmo John Stott ao comentar sobre tal Pacto anunciou:
É nosso dever envolvermo-nos na ação político-social, isto é, tanto na ação social (cuidando das vicissitudes de ordem social) como na ação política (preocupados com as estruturas da sociedade em si mesma). Pois tanto o envolvimento social como o evangelísticos são necessárias expressões não só de nossas doutrinas… (Pacto de Lausanne Comentado por John Stott, pp.30 – ABU – Série Pacto de Lausanne, 1983)
AR escreve plenamente influenciado por esses ideais, e portanto, suas sugestões andam mais no campo da ação social, como representação do evangelho, do que demonstrações da verdade das escrituras para uma demonstração de rumo a seguir. A lógica de AR nesse momento segue assim: como há clara decadência e depravação no mundo ao nosso redor, há falha na ação e missão da igreja. Se não há sociedade transformada não há indivíduos transformados.
Com esses princípios em mente, vamos observar as principais sugestões de AR para se reparar os danos observados anteriormente.

1. A visão e a missão da Igreja

Como AR entende a Igreja? Em suas palavras:
A igreja não é um partido político, logo não pode investir, quem quer que seja, de aval partidário para pleitear votos para qualquer cargo público. Há quem queira criar um partido evangélico. Isso seria trair nossos mais caros ideais. (pp.70)
É interessante colocar essa citação logo após termos identificado o apreço do autor pelo investimento em causas sociais. Sua intenção de envolvimento sócio-político não envolve a política como tal. Quando escreveu esse livro, os evangélicos ventilavam a possibilidade de um pequeno menino do Rio de Janeiro ser levado à presidência do Brasil. É interessante notar que AR entende que isso em nada faria diferença para a situação da Igreja ou da missão da Igreja na sociedade. Não é esse tipo de ação e envolvimento que AR entende que a Igreja deve engajar. Nesse momento não sei se a restrição de AR é em função a proposição de tal pequeno garoto, ou se é uma restrição ideal. O que sei é que pouco a frente completa:
Não tenho dúvida de que nós, evangélicos, podemos oferecer à nação substancial contribuição a sua administração, entretanto, tal engajamento só fará sentido se adição a um esforço humano conjunto que contemple todos os segmentos da sociedade (pp.71).
Esse engajamento dos evangélicos, é bem provável que pelo contexto que é inserida a frase, fale do envolvimento político da Igreja, mesmo que multidimensionado e multifuncional a ponto de atender a todos os segmentos da sociedade. Com essa informação é possível compreender a opinião do autor sobre a igreja: Não é um partido político, mas se atuar como tal, ou com envolvimento em tal área com devida atenção a todos os segmentos da sociedade, faz-se uma contribuição substancial à mesma.
Por isso, AR defende a queda da ideologia da desassociarão entre Estado e Igreja. Com isso, não defende o retorno ao Catolicismo da Idade Média, mas um novo posicionamento da Igreja diante do Estado, como um braço estendido à serviço do desenvolvimento da sociedade, da erradicação da pobreza, dos maus tratos à criança. Entretanto, AR vai ainda além:
Deveria a Igreja envolver-se nisso [política]? Se não, qual o caminho, a alienação? Orígenes, no tratado contra Celso, advoga que o cristo será tanto mais útil à sociedade, quanto mais for à Igreja, advogando assim, a separação total, o não envolvimento. Creio que o proposto pelo tão querido Pai da Igreja, do século 3, não encontra mais espaço nos dias de hoje, já fomos longe demais. (pp.73).
É interessante que nesse quesito AR defenda tais ideais, uma vez que são muitos os cristãos que defendem a neutralidade política. Entretanto, na opinião de AR tal neutralidade tem produzido apatia de modo que os cristão não exercem funções esperadas por Cristo no viver de sua fé. Sendo assim, como AR entende a missão da Igreja? Observe:
Entendo que nosso papel é cooperar com o aprimoramento da democracia e do Estado, através da pregação e da vivência de nossos postulados sobre a questão política e social (pp.73).
A vocação da Igreja é, com sua pregação, disseminar consciência ética, cooperando, assim, com a construção de um ambiente onde o exercício do poder seja mediado por valores inegociáveis (pp.71).
A igreja não deve ter interesse no poder, mas na paz social, racial, democrática e religiosas que é fruto da justiça. A igreja não busca representantes junto ao poder, pois, basta-lhe que a declaração universal dos direitos do homem seja cumprida. (pp.71)
Todas essas declarações do autor testificam qual sua visão da Igreja e sua missão para ela. A Igreja, segundo, AR é então, comprometida com Deus e por isso com o próximo. Por dedicar-se a Deus, a Igreja deve dedicar-se à sociedade como um instrumento de transformação social, onde a justiça do evangelho é percebida pela demonstração no envolvimento dos cristãos com os dilemas da nossa sociedade. Assim, sua principal sugestão de melhoria pode ser assim definida, em suas próprias palavras:
Ao invés de buscarmos soluções que acabarão por conspurcar nossa vocação, devemos praticar a mentoria da nação, isto é, vendo-nos como luz do mundo, levarmos ao conhecimento da sociedade as propostas do Reino de Deus, que apontará caminhos de aperfeiçoamento institucional e ideológico (pp.63).

2. A proposta de ação para a Igreja Brasileira

Na declaração de suas propostas mais específicas, AR fala daquilo que, imagino eu, seja prioritário em seu modo de ver a situação. Por ser uma séria de mensagens organizadas com um livro, também suponho que AR não tenha declarado tudo o que poderia ter mencionado, o que me leva mais uma vez a supor que defendeu aqui o que entende por essencial. Entre suas propostas, pretendo destacar três que me chamam a atenção: (1) a questão das crianças; (2) uma sociedade cristã e (3) a sinalização do reino.

i. A questão da criança

Hoje, mais uma vez chego em casa pesaroso com cenas de crianças sendo abusadas, transformadas em pedintes nas esquinas dessa grande cidade, por adultos, ora movidos pela simples maldade, nas suas mais diversas manifestações, ora, movidos por comovente desespero. Na prática dá no mesmo, no que tange as crianças. Fico a perguntar até quando?
Recentemente assisti um vídeo realizado pela instituição Casa do Zezinho© em que um garoto é colocado sozinho em uma área movimentada da cidade de São Paulo em duas ocasiões: na primeira ele está como menino de rua e as câmeras demonstram como o paulistano está acostumado a esse tipo de cena; nas cenas mostradas, o menino caminha sem ser visto ou percebido pelas pessoas apressadas que passam por ele. Na segunda ocasião, ele está arrumado, como um garoto que você encontraria no Shopping, mas sozinho. Em pouco tempo as pessoas começa a se preocupar com ele, pois naquele lugar com aqueles trajes ele só pode estar perdido. A pergunta do vídeo é simples: “Por que algumas crianças são problema nosso e outras não?”.
É interessante como crianças de rua se tornaram um cenário indolor e invisível a sociedade. A pergunta de AR é pertinente: Até quando isso será assim?
Por entender que a Igreja deve ter participação social ativa, AR entende que tal situação não pode coexistir com a ação da Igreja. Em outras palavras, a igreja deveria estar engajada em socorrer essas crianças. Na opinião de AR, em Mateus 18.1-14, Jesus apresentou os seguintes princípios sobre a criança:
Comunicou que a criança simboliza o que há de melhor na humanidade (…) Disse que Se identifica com as crianças (…) Afirmou que o castigo para quem desviasse do Pai uma criança seria indescritível, sendo-lhe melhor ser assassinado (…) Falou que as crianças tem um tratamento especial por parte do Pai (…) Ele adverte que o Pai não quer que nenhum só se perca (pp.64-5).
Diante de sua visão do ensino de Cristo, AR sugere que a Igreja deva intervir no cenário da criança abandonada, pois sua omissão a faz parte da injustiça praticada para contra elas, observe:
Certamente esta [a igreja] terá de compreender que diante da injustiça não há inocentes. Todos são culpados pelos pecados da sociedade: os que cometerem e os que se omitiram (…) O nosso problema não é com o diabo, mas com Deus justo, que Se levanta contra toda perversidade (Rm.1.18).

ii. A sociedade cristã

AR também defende uma igreja tão ativa na sociedade que pode perceber suas influências no desenvolvimento da mesma. Ao ler Mc.10.42-45, AR retira os seguintes princípios:
Jesus Cristo preconizou uma nova sociedade cujo poder governamental seria exercido por meio do serviço a todos. Uma sociedade de cidadãos, onde todos seriam cidadãos, pois, só uma sociedade em que o governo assume a sua vocação de servo, de todos, é que a cidadania floresce.(pp.73-4).
Essa sociedade [ideal] seria possível apenas por meio da instauração dos valores cristãos, e sobre eles, AR atesta que a vocação de tal sociedade seria:
Uma sociedade onde o uso da terra fosse regulamentado, tendo em vista o bem de todos, pois, como disse Isaías (5.8): Deus não admite que alguém possa comprar casa sobre casa e terra sobre terra até ser o único morador do lugar;
Uma sociedade onde a riqueza fosse distribuída com equidade, pois, como disse o apóstolo Paulo (2Co.8.15): Deus quer quem colheu demais não tenha sobrando, e o que colheu de menos não tenha faltando.
Uma sociedade onde o trabalhador usufruísse a riqueza que produz, pois, como está escrito (1Tm.5.18): o trabalhador é digno de seu salário e mais, não se pode amordaçar o boi que debulha o milho, isto é, aquele que produz deve ser o primeiro a usufruir o que produziu.
Uma sociedade onde a criança fosse prioridade, pois, Deus não quer que nenhum dos pequeninos ser perca
Uma sociedade onde os órfãos e viúvas, isto é, o que tudo perderam, não ficassem desamparados, ao contrário, parte da produção seria destinada exclusivamente para estes, para que não houvesse miséria na sociedade.
Uma sociedade onde o idoso fosse o referencial de sabedoria, nunca um fardo, pois, na Bíblia, o idoso (Tt.2.4; 1Pe.5.5) é o conselheiro que ajuda o jovem na sua caminhada e, por este, é visto como mentor, como alguém que é guardião dos valores que devem nortear a sociedade. (pp.74-5)
AR defende em Estado fundamentado nas declarações das escrituras, de tal modo que funcione como uma Bibliocracia, ou seja, o exercício do poder determinado pelos princípios das escrituras. O modo como ele apresenta tal sociedade, não se pode ver uma Teocracia, em função de que não se trata de um Reino Instaurado, mais um alvo, sonho de consumo, para a Igreja hoje:
Portanto, enquanto o Senhor não volta e o governo dos sonhos e de paz não se estabelece, preparamo-nos para travar a batalha da democracia, por que o governo que queremos e precisamos, na História, não cairá do céu. Mas isso não nos impede de pautar nosso movimento na História por nossa perspectiva do céu. (pp.76).

iii. Sinalização do Reino

Apesar dessa visão ideal da sociedade coordenada pelo cristianismo, AR defende que a Igreja não deve implantar o Reino de Deus, mas demonstrá-lo, ou sinalizá-lo, como preferiu descrever a missão da igreja. Em outras palavras, a proposta de AR para a Igreja não é o estabelecimento do Reino, mas que tal influência testifique o Reino. Ele também defende os ideais de Mt.5.16, que declara a missão de visibilidade da igreja. Mas, como deve dar-se tal sinalização do Reino? AR responde:
Entendo, como já expus, que tal sinalização se dá pela prática de boas obras. Temo que toda vez que o tema boas obras vem à tona, fica restrito à mera assistência. Não se pode questionar que cada vez que um necessitado é socorrido, em nome de Jesus, a presença e natureza do Reino são reveladas, contudo, mais do que pleitear apenas o socorro, o Reino exige arrependimento (Mt.4.12), o que implica em mudança de cosmovisão.
O que AR entende por arrependimento [mudança de cosmovisão]? Para explicar o que entende por isso, ele conta que certa vez estava em um Taxi e o motorista o questiona a respeito da bondade de Deus e os acontecimentos na cidade de São Paulo, gente sofrendo, gente morrendo, em função das chuvas torrenciais que afligiam a cidade na ocasião. AR responde ao taxista, afirmando que nada disse tem qualquer relação com Deus, mas com os homens, que administravam mal a cidade, que obrigam seres humanos a viverem em locais desagradáveis e propensos a desastres naturais. Assim, a culpa é dos homens, e todos eles são coparticipantes dessa culpa, pois como cidadãos não temos feito nada. AR testemunha que tal taxista nunca pensara assim, e chocado com o que ouvira, teria se arrependido e sua cosmovisão teria sido mudada. Tendo dito isso, AR conclui:

Essa é a mais premente das tarefas da Igreja, levar os homens ao arrependimento, confrontando-os com uma outra forma de pensar e de viver a vida. Talvez você esteja pensando: “Isto não é boas obras, é pregação!”. Permita-me propor-lhe outra visão para o assunto. Pregação e boas obras fazem parte de um só conjunto, que abarca toda a influência que pudermos exercer sobre a sociedade em que vivemos. (pp.78).

terça-feira, 16 de março de 2010

EM MEIO A UMA SITUAÇÃO DE ANGÚSTIA HÁ ESPERANÇA (1 Samuel 1)

- Ana era uma mulher que estava enfrentando uma profunda angústia. Ela queria ter filhos mas não podia ter. A Bíblia fala que a nossa vida pode ser uma vida abundante, cheia de gozo e vitórias espirituais. Porém muitos crentes ficam angustiados, por não experimentarem essa vida abundante em Cristo.

2. Como podemos ter esperança em meio a uma situação de crise:

2.1 Em meio há uma situação de angústia haverá esperança quando não aceitarmos viver no fracasso (“Ana ....orou ao Senhor, chorou muito e fez um voto...” v.10,11)

- Tem muitas pessoas que aceitam uma vida de derrota como algo natural. Diante dos fracassos essas pesoas dizem: “Foi a vontade de Deus, irmão”. Como Filho de Deus não aceite viver como derrotado. Ana não aceitou a situação em que estava. Ela resolveu orar, e fazer a sua parte para desfrutar da vitória de Deus em sua vida.

- Você deve dizer: Eu não aceito em nome de Jesus essa situação de tristeza, de confusão na minha casa, de desemprego, eu não aceito a destruição trazida pelos vícios, eu não aceito essa angústia, essa depressão.

- A Palavra diz: “Por meio de Ti vencemos os nossos inimigos...”Salmo 44:5. Em I João 5:4: “pois todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.

2.2 Em meio a uma situação de angustia haverá esperança quando buscamos a nossa vitória na Igreja (“...E todas as vezes que Ana subia a casa do Senhor...” v.7)

- Alguns dizem: “Pastor, eu estou buscando uma vida de vitória em casa”. Essa vitória nunca será alcançada. O povo de Deus, busca vida de vitória na Igreja. Um rapaz que não ia mais a Igreja, disse: “Eu estou em casa, só na benção, não preciso mais da Igreja. Isso não existe, é engano.

- Quando estamos angustiados Satanás coloca em nossa mente a vontade de se afastar da Igreja. Quem se afasta da Igreja por causa de angústias, de decepções, de problemas, fica mais fraco. Um crente sem igreja é como um carro sem rodas: Ele não anda, não cresce, não recarrega suas forças, nunca sairá do lugar.

- A palavra diz: “Eu amo, Senhor, a habitação de tua casa, e o lugar onde a tua glória assiste” (Salmo 26:8).

2.3 Em meio a uma situação de angústia haverá esperança quando entregarmos tudo a Jesus (“venho derramando a minha alma perante o Senhor...” v.15)

- Se você não for capaz de entregar tudo a Cristo, então não será capaz de experimentar tudo que Deus tem para tua vida.

- Muitos enfrentam sérias crises, porque não aprenderam ainda a entregar seus filhos a Deus, suas profissões a Deus, suas finanças a Deus.

- A Bíblia diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará”. Salmo.

3. conclusão

- Um pregador falava entusiasmado em praça pública para uma grande multidão. De repente, um zombador disse: “Pregador, o seu Jesus pode fazer tanta coisa como você está dizendo, mas não pode mudar a roupa deste mendigo ao seu lado.

- O pregador sem ficar perturbado disse: “Talvez você tenha até razão, amigo. Jesus provavelmente não está interessado em mudar agora a roupa desse mendigo ao meu lado, mas eu tenho certeza que Cristo quer mudar o mendigo que está dentro dessa roupa”.

à MORAL: Antes de mudar teu carro, melhorar teu salário, mudar tua roupa, Jesus quer mudar teu coração nesta noite. Ele quer que você viva em dimensão de vitória, Ele quer que você o busque na comunhão com a Igreja, e Jesus quer que você aprenda a entregar tudo a Ele.

GLORIFIQUE A DEUS .....

Será que você gostaria de saber o que Deus diz a respeito do louvor? Observe:


“O que me oferece sacrifícios de louvor (ações de graças) esse me glorificará”. Salmo 50:23.

Aquele que tem o “louvor” como uma simples participação nos cânticos na igreja não tem ainda a percepção plena do louvor como o salmista o exprime na citação acima. Para muitos cristãos, o “louvor” é apenas algo bastante emocional, de efeito “terapêutico”, que o prepara para a ministração da Palavra na igreja. O que nós estamos falando aqui sobre o louvor particular é algo bem diferente disso. O salmista chama esse louvor de “sacrifício”, ou seja; uma prática que nos custa algo.

Quando você está em apuros e a opressão de Satanás o cerca por todo lado e você não sabe o que fazer, não é fácil você elevar o seu coração em louvor a Deus. O espírito angustiado, a circunstância adversa, o confronto do inimigo não o incentivam a “render graças a Deus”. Mas, meu irmão, quando você, sem deixar se impressionar com a impossibilidade da circunstância, abre sua boca e louva a Deus e exalta o Seu Nome, esse ato seu é um “sacrifício” de fé e perseverança, sim, e o louvor verdadeiro nessa condição tem uma ação simplesmente extraordinária. Sabe qual é? Você glorifica a Deus. E será que você entende o que isso significa? No Antigo Testamento a palavra “glorificar” significa “carregar Deus de honras”. Que privilégio! Você e eu temos em nossas mãos (melhor dizendo em nossa boca) a possibilidade de “carregar Deus de honra” na terra. E como será que isso acontece?

Observe novamente o caso do rei Josafá, em 2 Crônicas 20.

“Vieram Josafá e o seu povo para saquear os despojos, e acharam entre os cadáveres riquezas em abundância e objetos preciosos; tomaram para si mais do que podiam levar, e três dias saquearam o despojo, porque era muito. Ao quarto dia se ajuntaram no Vale de Bênção, onde louvaram o Senhor; por isso chamaram àquele lugar Vale de Bênção, até o dia de hoje...

Veio da parte de Deus o terror sobre todos os reinos daquelas terras quando ouviram que o Senhor havia pelejado contra os inimigos de Israel”.(v.25-29).

Você já pensou alguma vez por que Deus não é mais exaltado na terra em nossos dias? Por que será que os homens por toda parte não têm o temor de Deus? É porque os cristãos vivem debaixo da opressão do inimigo ao invés de se levantarem com louvores e ações de graças que dão condições a Deus para manifestar o Seu poder na terra.

O salmista disse:

“Senhor, deveras sou teu servo ... oferecer-te-ei sacrifícios de ações de graça e invocarei o nome do Senhor” - Salmo 116:17.

Como Satanás fica contente quando ele consegue “privar” Deus do louvor e da glória que lhe são devidas!

Deus disse, irmão, que toda vez que você pratica o louvor, você O glorifica na terra. Será que entendemos isso? Talvez isso pareça ser algo muito simples. Uma prática tão fácil e insignificante, que seja difícil entendermos que é capaz de glorificar a Deus. Mas é a prática que Deus estabeleceu para nós, e ela dá resultados fantásticos e dá condições para Deus agir. No episódio com o rei Josafá, o povo levou três dias para levar a abundância do despojo.

E você, meu irmão, pode tornar a circunstância de confronto com Satanás em “Vale de Bênção” em sua vida.

Você pode carregar Deus de honras na terra e ao mesmo tempo folgar e deleitar-se com a abundância do despojo. De que maneira? Simplesmente oferecendo a Deus “sacrifício de louvor”(ações de graças). Temos de lembrar-lhe outra vez, meu irmão, que as coisas de Deus são muitíssimo simples. Observe como foi simples a prática de louvor no caso de Josafá:

“E ... (Josafá) ordenou cantores para o Senhor... (os quais) marchando à frente do exército, louvassem a Deus dizendo: Rendei graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre” - 2 Crônicas 20:21.

Será que pode haver algo mais simples do que isso? Não procure complicar as coisas, meu irmão, na sua prática particular; não formalize nada, seja simples e direto e dê graças ao Senhor Deus por tudo o que Ele tem feito por você. Louve-O e exalte-O da maneira mais simples possível. Deus será glorificado na simplicidade de sua prática, e você receberá o benefício de dar-lhe condições de reinar em suas circunstâncias e o livrar de todo mal.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O FILHO PERDIDO (Lucas 15.11-23)

- O texto em apreço revela especialmente o grande amor de Deus pelos pecadores distanciados e desviados do convívio do Pai (Deus) e de sua casa (a igreja).



1. Três passos rumo à perdição - Lc 15.12,13

1. Abandonar o Pai e a casa paterna: Quando o homem deixa a Deus e a sua Igreja, está dando um grande passo para a perdição.

2- Dissipar todos os bens: O homem que não valoriza os bens que Deus lhe concede, é alguém dependente dos outros.

3- Viver dissolutamente: No momento em que o homem se afasta de Deus e da Igreja conseqüentemente, ele se aproxima das coisas carnais, e diabólicas. Pornografia, orgias e todo tipo de bebedices faz parte do que está vivendo longe do Senhor.

2. Resultados da desobediência

1. Lc 15.14 - a) Consumir tudo: o rebelde não tem domínio, consome com todos os seus bens. Fica vazio de tudo. b) Passa necessidade.

2. Lc 15.15 - Convive com os porcos: O rebelde tem uma vida na imundíce, ligada em coisas imundas, trabalhando com coisas imundas. O porco é símbolo de imundice

3. Lc 15.16 - Ninguém lhe dava nada: O desobediente não recebe auxílio dos outros. Ninguém se volta para ajudar o rebelde, porque Deus quer que o desobediente tenha uma vida de sofrimentos.

4. Lc 15.16 - Passou fome: O desobediente tem ação devoradora em sua dispensa. Falta-lhe tudo, inclusive o pão.

3. Cinco passos para o retorno

1. Lc 15.17 - Caiu em si: O que cai na desobediência, deve despertar, acordar para o Reino de Deus.

2. Lc 15.17 - Reconhecimento: é necessário reconhecer o estado em que se encontra.

3. Lc 15.18 - Decisão: o caído deve toar a decisão de voltar.

4. Lc 18.20 - Arrependimento: O caído deve arrepender-se plenamente de seus atos do afastamento, ter um coração retornável.

5. Lc 18-21 - Confissão: Deve confessar ao Pai, para que possa ser redimido.

Conclusão

- Lc 15.20-23: Só assim Deus se compadecerá do caído, recebendo-o de braços abertos, dando-lhe a melhor roupa, pondo-lhe um anel, simbolizando a nova e eterna aliança, realizando uma grande festa nos céus, pois alguém se arrependeu de seus pe cados. Todos os dias o Pai espera de braços abertos que o filho pródigo retorne. Porém, chegará o dia em que a porta da casa paternal estará definitamente fechada.

- Se você está em pé, cuide não cair.

domingo, 14 de março de 2010

PORTAS ABERTAS,

"O fruto da justiça será paz; o resultado da justiça será tranquilidade e confiança para sempre. O meu povo viverá em [...] em tranquilos lugares de descanso, mesmo que a saraiva arrase a floresta e a cidade seja nivelada ao pó."


Isaías 32.17-19



marcos,



A Palavra de Deus é surpreendente, pois cada vez que a lemos, algo novo brota em nosso coração, de acordo com a situação que estamos vivendo. É maravilhoso ler este versículo: "meu povo viverá em lugares de descanso, mesmo que a saraiva arrase a floresta e a cidade vire pó". Como temos vivido dias agitados! Tanta turbulência ao nosso redor, que parece que nossa mente não para um instante sequer. Mas ainda que tudo esteja agitado, ou mesmo tenha sido reduzido a pó, se vivermos na justiça do Senhor, há um lugar de descanso preparado para nós. Um lugar onde nossa mente e nosso coração podem descansar e confiar no Senhor, ainda que do lado de fora tudo esteja conturbado.



Deborah Stafussi

Editora



Destaque na semana:



Shockwave no Brasil supera o número do ano passado

BRASIL - Milhares de pessoas orando juntas durante três dias. Esse foi o saldo do evento Shockwave, no Brasil, ocorrido no final de semana. "Não temos palavras pra expressar nossa alegria com o Shockwave 2010", comenta Daniele Moraes, coordenadora do ministério underground no Brasil...



Casal cristão é condenado a 25 anos de prisão

PAQUISTÃO (14º) - Na terça-feira, 2 de março, um tribunal paquistanês condenou um casal cristão a 25 anos de prisão por sujar o Alcorão...





VAMOS ORAR

UZBEQUISTÃO (10º) - Hoje faz três anos que Dmitry Shestakov foi condenado a quatro anos de prisão por atividades religiosas. Ore por ele, por sua esposa Marina e suas filhas, para que sejam fortalecidos em mais um ano que resta da sentença. Ore para que eles tenham saúde física e espiritual e que Deus cuide dessa família de uma maneira especial.



A AÇÃO DA PORTAS ABERTAS



Quer saber mais sobre a atuação da Portas Abertas Internacional? Conhecer mais sobre os projetos de ajuda socioeconômica, distribuição de Bíblias e outros? Quer saber como você pode ajudar os cristãos perseguidos por meio da oração? Assista ao vídeo "A ação da Portas Abertas", que foi publicado recentemente em nosso portal no Youtube.

os milagres de jesus cristo foram muitos?

O Evangelho de João é o único entre os evangelhos  que traz claramente sua declaração de propósito:


Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome – João 20.30-31


se nós crermos que ele é o unici que pode salvar nossas vidas podemos ter a vida eterna com o pai, você cré que ele pode ser este deus tão poderoso então aceiti-u verdadeiramente em seu coração.


marcos phabio